Cresce conflito no Bahrein; dois morrem em confrontos
A situação de complica no pequeno reino do Bahrein, ali, bem ao lado da Arábia Saudita, não muito longe do Irã, que considera a ilha uma província sua… Segundo informa o New York Times, dois manifestantes foram mortos por forças de segurança. Os confrontos se extremaram um dia depois que dois mil soldados da Arábia […]
A situação de complica no pequeno reino do Bahrein, ali, bem ao lado da Arábia Saudita, não muito longe do Irã, que considera a ilha uma província sua… Segundo informa o New York Times, dois manifestantes foram mortos por forças de segurança. Os confrontos se extremaram um dia depois que dois mil soldados da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes entraram no país a pedido do governo. Barricadas se espalham pelas ruas da capital, Manama, e aldeias vizinhas. As escolas estão fechadas. Shoppings, postos de gasolina e caixas eletrônicos estão vazios.
Cerca de 10 mil pessoas, a maioria xiitas, marcharam da Praça Pérola, local de concentração dos manifestantes antigoverno, até a embaixada da Arábia Saudita. No caminho, distribuíam flores para tentar ressaltar o caráter pacífico da manifestação. Protestavam contra o que consideram uma invasão do país, a mesma acusação feita pelo Irã.
Nas aldeias próximas, no entanto, o clima era outro. Em Sitra, ocorreu o confronto mais violento, com a morte dos dois manifestantes. Centenas de jovens enfrentaram a polícia armados com pedaços de pau. Motoristas de caminhão haviam bloqueado a estrada para impedir a passagem da polícia, que atacou com bombas de efeito moral. Mulheres vestidas de negro, informa o jornal, distribuíam aos manifestantes pedaços de cebola e frutas cítricas para diminuir os efeitos do gás lacrimogêneo.
O presidente Barack Obama enviou, sem aviso prévio, um representante ao Bahrein. O reino é estratégico para os EUA. Ali está ancorada a V Frota da Marinha americana, que patrulha o Golfo Pérsico e serve de apoio na guerra do Afeganistão. O governo americano tenta convencer a família real a fazer concessões. Ocorre que a reivindicação principal da maoiria xiita do país é o fim da monarquia… sunita! A chamada “revolta árabe”, no Baharein, tem um contorno inequivocamente religioso.