Corporativismo 1 – Promotor recebeu R$ 10 mil/mês por 5 anos, mesmo foragido
Por Fausto Macedo, no Estadão deste domingo:O contribuinte sustentou, durante vários anos, a fuga de Igor Ferreira da Silva, ex-promotor de Justiça que matou com dois tiros a mulher, a advogada Patrícia Ággio Longo, grávida de sete meses, numa estrada de Atibaia, Grande São Paulo, em junho de 1998.Condenado a 16 anos e 4 meses […]
O contribuinte sustentou, durante vários anos, a fuga de Igor Ferreira da Silva, ex-promotor de Justiça que matou com dois tiros a mulher, a advogada Patrícia Ággio Longo, grávida de sete meses, numa estrada de Atibaia, Grande São Paulo, em junho de 1998.Condenado a 16 anos e 4 meses de prisão – formalmente denunciado pela Procuradoria-Geral de Justiça por homicídio qualificado e aborto -, Igor está foragido até hoje. Ele atribuiu o crime a um assaltante, que jamais foi identificado.Enquanto a Justiça não decretou a perda de seu cargo, o que demorou quase cinco anos, Igor continuou recebendo seus vencimentos como promotor, cerca de R$ 10 mil.A polícia informa que está à caça de Igor, que antes de ingressar no Ministério Público paulista foi delegado. Há suspeitas de que ele teria saído do País. Passou pelo Paraguai e, depois, seu refúgio foi o Uruguai.O caso não é o único. O contribuinte continua pagando os salários de outro promotor de São Paulo, que também é réu por assassinato, mas ainda não foi julgado.Thales Ferri Schoedl tinha 26 anos quando matou a tiros o jogador de basquete Diego Mendes Modanez, de 20 anos, às 4 horas do dia 30 de dezembro de 2004 em um luau na Riviera de São Lourenço, Bertioga, litoral paulista. Os tiros do promotor também atingiram Felipe Siqueira Cunha de Souza, que sobreviveu.
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