Conflito em Serra Pelada. E o MST estava lá
Por Carlos Mendes, no Estadão:A briga entre grupos rivais pelo controle da Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp) que resultou dez dias atrás no assassinato do presidente afastado da entidade, Josimar Barbosa, teve no domingo mais um capítulo de violência. Um grupo ligado a Barbosa, reforçado por líderes do Movimento dos Sem-Terra […]
A briga entre grupos rivais pelo controle da Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp) que resultou dez dias atrás no assassinato do presidente afastado da entidade, Josimar Barbosa, teve no domingo mais um capítulo de violência. Um grupo ligado a Barbosa, reforçado por líderes do Movimento dos Sem-Terra (MST), invadiu a sede da entidade e entrou em confronto com partidários do atual presidente, Valdemar Pereira Falcão.
Na briga, 20 garimpeiros saíram feridos e também presos, juntamente com outros 20 acusados de agressões e roubo. A sede da Coomigasp foi desocupada e está sob vigilância da Polícia Militar. Cinco líderes do confronto, três deles do MST, foram presos e transferidos no próprio domingo para Belém.
A Polícia Militar reforçou ontem com 100 homens a segurança em Serra Pelada, um povoado de 18 mil habitantes. O posto da PM no local quase foi invadido durante o confronto. De acordo com a polícia, Falcão foi espancado e expulso da sede da cooperativa. A ação partiu do grupo rival que integra o MTM, o mesmo que ocupa as margens da Ferrovia de Carajás e a interditou na semana passada.
Em nota, o governo do Pará diz que vinha acompanhando de perto as negociações entre as lideranças garimpeiras e que decidiu agir diante do “quadro de tensão e violência” criado na região para “coibir qualquer ato que, a pretexto de pressões políticas, venha resultar em desestabilização de ordem social e desrespeito à lei”.