Como Lula, o PT, as Mafaldinhas, os remelentos e os “Carneiros” destroem a universidade pública
Lula é o maior agente do ensino universitário privado do país. E, por isso, eu, que privatizaria até Jardim da Infância, deveria apoiá-lo nesse particular. E por que não apóio? Porque Lula é o maior agente do pior ensino universitário privado destepaiz: o de baixa qualidade. E conta, como militantes de sua causa, com os […]
– A determinação do governo federal é dobrar o número de alunos nas universidades federais. A infra-estrutura necessária para isso, incluindo mão-de-obra (professores), não vai acompanhar essa demanda. A qualidade docente já é hoje uma lástima. Associada tal disposição aos mecanismos de expansão populista do ensino universitário (cotas, ProUni etc), o destino certo da universidade pública é o sucateamento.
– Conforme sabemos, Lula criou um plano de incentivos fiscais às faculdades privadas como nunca houve nestepaiz. As que recebem alunos do ProUni ou entram nos programas de crédito educativo vivem no melhor dos mundos (leia o post das 12h38 de ontem).
– Como o PT extinguiu o provão — que era o exame que realmente media a qualidade do que estava sendo ensinado: o atual exame é uma piada —, essas faculdades particulares, que recebem a verba do ProUni de mão beijada e têm aliviada a carga fiscal, podem continuar a ministrar o seu Supletivão de Terceiro Grau.
– A suposta “generosidade” de Lula com os pobres é garantida com os recursos dos… pobres! Ou seja, Lula tira dos miseráveis o que eles têm de graça para lhes devolver como dádiva. Não nego que é um homem esperto. Um espertalhão.
– Aos poucos, haverá uma equalização entre as universidades federais e essas faculdades particulares, tudo caminhando, digamos assim, para, se me permitem, a média medíocre. As estaduais, sufocadas pela militância petista, caminham no mesmo rumo.
– Os imbecis que dizem defender o “ensino público, gratuito, de qualidade, livre das imposições do mercado” nem mesmo percebem a emergência de um fenômeno na área. AS ESCOLAS DE TERCEIRO GRAU DE PRIMEIRA LINHA. Sim, até havia outra dia, a consideração era mais ou menos esta: universidade pública, mesmo com problema, é melhor do que a universidade privada. As coisas estão começando a mudar. Vamos ver: o Ibmec não tem alunos do ProUni. Acho que nem a FGV. Preferem viver da qualidade do que oferecem a esperar prebendas.
– Vale dizer: o “mercado”, este “monstro”, está começando a perceber que a demanda por excelência existe. E que ela não será suprida pelas instituições públicas, submetidas à visão estúpida que sacrifica a qualidade em nome da ampliação de vagas, como se essas duas coisas fossem necessariamente contraditórias.
– O horizonte é o seguinte:
a) Existirão as universidades públicas, sucateadas, mediocrizadas, “supletivadas”, para os remediados;
b) Existirão as faculdades privadas de péssima qualidade para os pobres, financiadas com dinheiro público (parte dele volta para a mão dos promotores dessa farra na forma de contribuição de campanha, legal ou ilegal);
c) Existirão as faculdades e universidades privadas de alta qualidade para quem puder pagar e tiver competência intelectual.
COROLÁRIO: a elite intelectual será expulsa do ensino universitário público e buscará o ensino universitário privado de qualidade. Ou, a exemplo do que uma parte já faz hoje, vai estudar em outro país.
Concluindo
Sim, eu sou contra o ensino universitário “PUBLIQUEGRATUITO”, como se isso fosse uma palavra só. Público não é sinônimo de gratuito. Acho que tem de pagar quem pode pagar. Mas esse debate, agora, é secundário. Faço tal observação para chamar a atenção para o fato de que é a esquerda quem está liquidando com a universidade pública. É ela quem está concedendo vantagens que nunca houve à pior escola privada do país.
Mas, claro, aponto isso tudo porque vocês sabem: eu sou “reacionário, de direita, elitista, contra o povo…” As Mafaldinhas e Remelentos, junto com o professor Carneiro, é que descobriram o Santo Daime do “outro mundo possível”.