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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

Como Collor escolhe seus alvos na CPI. Ou: O “Cavalcante” de sempre se ajusta aos petralhas cavalgados

O senador Fernando Collor (PTB-AL) tem uma sinceridade básica, não é? Ninguém tem o direito de suspeitar nada de bom.  VEJA publicou a entrevista com Pedro Collor, seu irmão, que denunciou algumas das falcatruas de seu governo, e o agora senador acabou impichado. Collor não tem dúvida: passa boa parte do tempo na CPI satanizando […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 08h46 - Publicado em 28 Maio 2012, 06h13

O senador Fernando Collor (PTB-AL) tem uma sinceridade básica, não é? Ninguém tem o direito de suspeitar nada de bom.  VEJA publicou a entrevista com Pedro Collor, seu irmão, que denunciou algumas das falcatruas de seu governo, e o agora senador acabou impichado. Collor não tem dúvida: passa boa parte do tempo na CPI satanizando a revista. A subprocuradora-geral da Repúbica, Cláudia Sampaio, conduz ação criminal no Supremo contra o ex-caçador de marajás e atual caçador de jornalistas. E ele faz o quê? Transforma Cláudia e seu marido, o procurador-geral, Roberto Gurgel, em alvos de sua fúria.  Como se vê, é um homem que só pensa no bem de um país mental chamado… Collor!  Antes demônio das esquerdas, o senador é agora o queridinho dos petralhas e do JEG. Faz sentido! É o verdadeiro encontro, para lembrar um texto célebre, de um Cavalcante com os cavalgados. Leiam trecho de reportagem de Rubens Valente, na Folha.
*
Alvo do senador Fernando Collor (PTB-AL) na CPI do Cachoeira, a subprocuradora-geral da República Cláudia Sampaio pediu a condenação do ex-presidente, em 2008, por supostos peculato, corrupção passiva e falsidade ideológica em ação no STF (Supremo Tribunal Federal). A denúncia do Ministério Público diz que Collor se beneficiou de esquema de “caixa dois” montado por membros de seu governo (1990-92) e empresas de publicidade. Procurado desde quinta, Collor não se manifestou. Ainda sem decisão final, o processo é um desdobramento das investigações que levaram ao impeachment do então presidente, em 1992.

Collor, hoje integrante da CPI do Cachoeira, tem sido duro crítico do papel da Procuradoria Geral da República. Anteontem, disse ter havido “atuação criminosa” do procurador-geral, Roberto Gurgel, marido de Cláudia. Em 2009, Gurgel recebeu da Polícia Federal indícios da ligação do senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) com Cachoeira. Porém, não abriu inquérito, decisão comunicada à PF por Cláudia. Após a instalação da CPI, Collor apresentou requerimento para que a subprocuradora compareça à CPI para “dar explicações”. Cláudia teve papel decisivo na investigação contra Collor no Supremo. Por duas vezes, decidiu manter o inquérito ativo. A investigação foi aberta em 93. Em 2000, o ex-presidente foi denunciado pelo Ministério Público Federal de Brasília, tornando-se réu.

Contudo, Collor foi eleito senador em 2006 e adquiriu foro privilegiado, o que paralisou o processo. No ano seguinte, Cláudia opinou pela “reautuação” do caso no STF. Segundo o Ministério Público, donos de agências de publicidade faziam depósitos numa conta administrada por pessoas ligadas a Cláudio Vieira, chefe do gabinete de Collor na Presidência.
(…)

Texto publicado originalmente às 5h07
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