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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

Cigarro, maconha, essas coisas…

Epa! “Enquanto, no Bananão, alguns querem liberar a maconha, NY quer proibir fumo também em parques e praias”. Foi o título que dei a um post da madrugada, no clipping dos jornais, a uma reportagem que informa que a prefeitura de Nova York quer estender a proibição do cigarro a parques e praias. Como sou […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 16h52 - Publicado em 16 set 2009, 22h05

Epa!

“Enquanto, no Bananão, alguns querem liberar a maconha, NY quer proibir fumo também em parques e praias”. Foi o título que dei a um post da madrugada, no clipping dos jornais, a uma reportagem que informa que a prefeitura de Nova York quer estender a proibição do cigarro a parques e praias. Como sou contra a descriminação das drogas chamadas “ilícitas”, alguns entenderam que eu estava opondo uma coisa que considero negativa a uma outra que considero positiva. Errado! Entendo a razão da confusão, mas é evidente que acho a proposta da Prefeitura de Nova York absurda, autoritária, estúpida mesmo.

Só quis chamar a atenção para a contradição entre os dois movimentos – que é mundial: cresce o cerco ao tabaco, uma droga lícita, que não provoca alterações de comportamento, enquanto decresce o cerco à maconha e as outras drogas, que provocam, como escrever?, alterações dos sentidos… Por quê? Porque estamos falando de tribos distintas – e, é muito freqüente, quem defende o cerco aos fumantes costuma defender a descriminação das drogas. A coisa não deixa de ter a sua graça, não é?

A perseguição aos consumidores de tabaco é exagerada, obviamente autoritária. Já escrevi largamente a respeito. Não a apóio de modo nenhum – em São Paulo, Brasília ou Nova York. Acho que ela agride escolhas e direitos individuais. Tenho escrito amiúde a respeito. É uma bobagem, uma falácia, querer igualar as drogas ilícitas ao cigarro. São intrínseca e extrinsecamente distintos. Ninguém fica “doidão” fumando cigarro. Pode até morrer de enjôo, mas não tem como alegar que fez isso ou aquilo sob o efeito da droga. A diferença de contexto é óbvia: quem compra um maço de cigarro na padaria não se torna um elo do narcotráfico.

“Ah, então que se venda maconha na padaria”. Pois é… Recomeça a ladainha de questões. Faremos isso sozinhos? O mundo é sensível à causa? Não será forçoso (será!!!) legalizar todas as drogas, não só a maconha? Vale a pena elevar o consumo dessas drogas ao nível das drogas legais, o que seria fatal? Estamos preparados para arcar com os efeitos da popularização das drogas hoje ilegais entre adolescentes, com desdobramentos certamente deletérios nas escolas?

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Bem, este é só mais um texto de uma série sobre o assunto, cada um atendendo a uma dúvida, a uma particularidade. Encerro respondendo a uma indagação freqüente: “Mas o que você diz sobre a maconha, no que respeita ao comportamento, não vale também para o álcool?” Claro que sim! Alguém aí está contente com os efeitos nefastos dessa droga no Brasil? Ela está na raiz de uma boa parte dos homicídios que se cometem no país e dos acidentes de trânsito com vítimas fatais. Vale a pena multiplicar os casos?

Mas notem: se não parece eficaz proibir o álcool porque isso implicaria emprestar a essa droga os malefícios próprios da ILEGALIDADE (além daqueles relacionados à saúde e à segurança), isso não quer dizer que se deva fazer o contrário: emprestar à maconha (e demais drogas) os malefícios próprios da LEGALIDADE.

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