Cansei lota Praça da Sé: contra a vontade organizadores, manifestantes gritam “Fora Lula”
De um leitor deste blog: Oi, Reinaldo, acabo de voltar do “Cansei!” na praça da Sé! A praça estava lotada, entupida de gente. As palavras dos organizadores encontraram eco nos presentes, mesmo quando os organizadores deixavam claro que o movimento não é contra nenhum governo em particular. Porém, estamos todos muito, muito cansados e de […]
De um leitor deste blog:
Oi, Reinaldo,
Do Portal UOL:
No dia em que se completa um mês do acidente com o Airbus da TAM, cerca de 4.000 pessoas (segundo a CET) reuniram-se na praça da Sé, região central de São Paulo, para participar do ato organizado pelo movimento ‘Cansei’.
A concentração para o protesto começou por volta das 12h. Subiram ao palco montado na praça, entre outros, o empresário João Dória Jr., a apresentadora de TV Hebe Camargo, o ator Paulo Vilhena, a cantora Ivete Sangalo, o humorista Carlos Alberto de Nóbrega, o ex-nadador Fernando Scherer, o presidente da OAB de São Paulo, Luiz Flávio Borges D´Urso – que encabeça o movimento, ao lado de sindicatos patronais.
D´Urso e artistas discursaram sobre o objetivo do movimento, caracterizado como apartidário desde seu surgimento. Às 13h, foi feito um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do vôo 3054 da TAM e também em protesto à onda de impunidade que, segundo os organizadores do movimento, assola o Brasil. Também foi realizado um culto ecumênico. O cantor Agnaldo Rayol encerrou o protesto cantando o hino nacional.
Ao final do ato, a multidão puxou o coro de ‘Fora Lula’ e ‘Lula, ladrão, vai para a prisão’.
Em entrevista ao UOL, o empresário João Dória Jr. disse que respeitava a manifestação dos presentes, “mas não incentivava”. Um dos organizadores do evento, Dória Jr. ajudou a arrecadar fundos na última eleição para o presidenciável Geraldo Alckimin (PSDB). “Aquilo foi um momento eleitoral. Mas hoje estou aqui como cidadão. Não pode mais haver tanta intolerância”, disse, reafirmando o apartidarismo do ‘Cansei’.
A apresentadora Hebe Camargo foi chamada de ‘malufista’ em sua chegada à Sé. Ao discursar, comentou o episódio e afirmou que hoje não votaria no Maluf. “Acho que isso é o menos importa aqui hoje”, desconversou.
Ao contrário do que se esperava, apenas manifestações isoladas contra o movimento ocorreram no local. Nenhum grupo ligado ao PT ou à CUT estava presentes.