Agora, sim. A campanha de Geraldo Alckmin que foi ao ar na hora do almoço acordou para a realidade. Vai dar tempo de provocar um segundo turno? Não sei. O caminho único é sempre o pior, mas também o melhor caminho. A campanha demorou para chegar aonde devia. O governo Lula tem muitas fragilidades — […]
Por Reinaldo Azevedo
Atualizado em 31 jul 2020, 23h16 - Publicado em 31 ago 2006, 17h29
Agora, sim. A campanha de Geraldo Alckmin que foi ao ar na hora do almoço acordou para a realidade. Vai dar tempo de provocar um segundo turno? Não sei. O caminho único é sempre o pior, mas também o melhor caminho. A campanha demorou para chegar aonde devia. O governo Lula tem muitas fragilidades — o baixo crescimento é uma delas. Mas explorar tal tema requer um aporte crítico fora do alcance da maioria. A população só se revolta com a economia quando há uma crise. Não é o caso. Há uma morna mediocridade. Já com a corrupção pode ser diferente. Nem todo pobre tem vergonha na cara. Mas os há, efetivamente, com vergonha na cara. O mesmo vale para os ricos ou para as pessoas de classe média. Ninguém, exceto alguns políticos, adota o roubo como modo de governar. E isso precisa ser explorado. Alckmin encerrou o horário eleitoral da hora do almoço lembrando os medalhões do petismo que estão sob investigação: Luiz Gushiken, José Dirceu, Humberto Costa, Delúbio Soares, José Genoino… E foi ao ponto: como é que Lula não sabia de nada? É isso. O PT disse que não vai revidar. É mesmo? Não vai se as pesquisas não se mexerem. É o segundo turno pintar no horizonte, e vocês verão o que é fazer uma campanha suja. Vocês verão o que é ser “especialista”… PROFECIA AUTOCUMPRIDA – O segredo dos marqueteiros é fazer com que as profecias se autocumpram. É o caso agora da campanha de Alckmin. Se a porrada der certo e houver segundo turno, vai-se chamar de “estratégia” o que se fez até aqui: primeiro era preciso apresentar o candidato para depois bater… Se der errado, haverá a constatação: “Viram como não adiante bater?” Pois é. Além das categorias absolutas, “bater” e “não bater”, existe também a história. Bate-se ou não se bate NA HORA CERTA. No caso de Alckmin, já passou da hora. Mas não custa tentar.
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