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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

Café filosófico com Mano Brown e um Pantera Negra

Por André Caramante, na Folha desta quarta. Volto depois: A reunião, organizada pelo Núcleo de Desenvolvimento Islâmico Brasileiro, foi quase secreta, na véspera do dia da Consciência Negra, e teve como objetivo criar um elo entre os negros do Brasil e os dos EUA. “Somente os loucos estão aqui hoje”, disse Pedro Paulo Soares Pereira, […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 6 jun 2024, 07h57 - Publicado em 21 nov 2007, 05h33
Por André Caramante, na Folha desta quarta. Volto depois:

A reunião, organizada pelo Núcleo de Desenvolvimento Islâmico Brasileiro, foi quase secreta, na véspera do dia da Consciência Negra, e teve como objetivo criar um elo entre os negros do Brasil e os dos EUA. “Somente os loucos estão aqui hoje”, disse Pedro Paulo Soares Pereira, 37, ícone da cultura negra. Pereira é o Mano Brown, voz guia do grupo de rap Racionais MC’s e, na sede da ONG Ação Educativa, centro de São Paulo, a “ponte” para ações sociais de conscientização entre negros brasileiros e norte-americanos começou a ser erguida a partir do contato do rapper com Fred Hampton Jr., líder do movimento pela igualdade racial Black Panthers (Panteras Negras), criado nos anos 60 nos Estados Unidos. Ele é filho de Fred Hampton, morto em 1969 pelo FBI.Por quase três horas, Brown e Hampton Jr, chamado de “ministro” pelos panteras negras, debateram o que chamam de “terrorismo estatal praticado pelos governos dos EUA e do Brasil contra os negros”. Em um dos momentos do encontro, Hampton Jr disse a Brown que o governo dos EUA ajudou, “jogando bombas em uma represa”, a piorar a situação dos negros de Nova Orleans vítimas do furacão Katrina, em agosto de 2005. A ação, disse, teria atendido aos interesses de empresários amigos do presidente George W. Bush.
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Opa! Agora vai. Havia 60 valentes ouvindo o colóquio desses dois gênios do pensamento humano. E, claro, vira notícia de jornal. Afinal, Mano Brown é, assim, uma espécie de Marilena Chaui do rap. Viram lá o que disse o petralha americano? Como Bush achou que o furacão era pouco e estava disposto a ceder os pântanos de Nova Orleans para seus amigos especuladores, mau como um pica-pau, fez o quê? Mandou jogar umas bombas para estourar uma represa e matar um monte de pretos por afogamento. Bush é um homem terrível. Brown deve ter acreditado e achado tudo muito perverso.

Agora eu acho que a coisa vai. Nasce uma nova civilização na América da união de Mano Brown com o líder do Panteras Negras. Especialmente porque o encontro é promovido pelo Núcleo de Desenvolvimento Islâmico Brasileiro. Taí um união que promete, que tem futuro. Era no que pensava Tocqueville quando escreveu A Democracia na América.

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