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Brasil, Política

Cabral teria usado escola de inglês e boliche para lavar dinheiro

Esquema operado por Luiz Carlos Bezerra para o ex-governador movimentou pelo menos 1 milhão de reais em notas frias

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 4 jun 2024, 18h18 - Publicado em 19 dez 2016, 17h46

O ex-governador Sérgio Cabral (dir) e seu amigo Luiz Carlos Bezerra (esq) (MPF/Reprodução)

Reportagem de hoje da Folha de S.Paulo mostra detalhes do funcionamento do recebimento de propinas de que Sérgio Cabral é suspeito. Acusado de ser o operador de propinas, Luiz Carlos Bezerra, usou ligações com um amigo de adolescência, John O’Donnel, para lavar dinheiro obtido com propina de empreiteiras.

O empresário John O’Donnel reconheceu à Polícia Federal ter emitido notas frias em nome da empresa do operador de Cabral, a CSMB Serviços de Informática, e confessou ter emitido comprovantes falsos de sua rede de escolas de inglês (Brasas) e de bares de boliche da família, que somam R$ 1 milhão entre 2011 e 2015.

O empresário nega ter conhecimento do esquema de propinas operado por Bezerra e Cabral. De acordo com o Ministério Público Federal, Bezerra usou sua empresa, a CSMB Serviços de Informática, para lavar o dinheiro da propina arrecadada junto a empreiteiras contratadas para obras públicas. Bezerra está preso no Complexo Penitenciário de Bangu e é réu junto com Cabral no processo da Operação Calicute, da Justiça Federal.