Burrice ou má-fé?

Há certas considerações que só podem ser expressão de burrice ou de má fé. Sem escapatória. Trato de dois casos.
1) Uma revista permanentemente atacada — de uma forma mentirosa, delirante, obsessiva, patética — faria mal em recorrer à Justiça para processar o agressor. Deveria, dizem alguns tolos ou larápios, dar “explicações”. Que “explicações”, santo Deus!? Isso é como reconhecer a legitimidade de um seqüestrador ou tratar um bandido como interlocutor. Não. Essa história não será resolvida na lama, como vocês verão. Ela será resolvida com a exposição clara de fatos.

2) Eu não deveria comentar o caso Arnaldo Antunes porque, afinal, seria amigo de Nelson Ascher. Amigo ou não, ninguém tem nada com isso. Sou um homem privado, não público. E sou “Reinaldo” absoluto da minha simpatia. Quem não pode privilegiar amigos com questões que são de interesse público — por exemplo, a compra da Brasil Telecom pela Oi — é Lula. A tese, de todo modo, é interessante. Certamente não foram os inimigos de Antunes que lhe garantiram a publicação daquele texto pedestre. Já no caso de Ascher, mesmo aqueles que simpatizam com suas opiniões deveriam, então, se calar. Entenderam a tese? O roqueiro pode reunir a sua turma. Já os outros só se legitimam no silêncio. Eu lhes asseguro: não será assim.