Bonner: “quem foi que o traiu?”. Lula: “( )”. Bonner: “O sr. sempre pediu punição de outros; por que mudou?” Lula: “Esse deve ser outra pessoa”…
Outro grande momento de Bonner: depois de Fátima ter deixado claro que um presidente não é mãe nem babá, Lula continuou com sua glossolalia de que tudo foi investigado pelo seu governo, que tudo deriva de ação da Polícia Federal etc. E o jornalista, honrando os fatos, lembrou: “Só uma observação, candidato: no caso específico […]
Por Reinaldo Azevedo
Atualizado em 31 jul 2020, 23h20 - Publicado em 10 ago 2006, 23h15
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Outro grande momento de Bonner: depois de Fátima ter deixado claro que um presidente não é mãe nem babá, Lula continuou com sua glossolalia de que tudo foi investigado pelo seu governo, que tudo deriva de ação da Polícia Federal etc. E o jornalista, honrando os fatos, lembrou: “Só uma observação, candidato: no caso específico do mensalão, desse escândalo de corrupção, o governo não denunciou nada. A denúncia partiu depois daquele escândalo nos Correios e, mais tarde, com as revelações, as denuncias, do ex-deputado Roberto Jefferson”. E ponto. Não abriu espaço para contra-argumento porque, nesse caso, não há. E partiu para a pergunta seguinte: “Mas a pergunta que queria fazer ao senhor diz respeito à traição. O sr. disse a todos os brasileiros que foi traído, mas, até agora, não disse quem foi que traiu, não deu o nome dos traidores. Num outro momento, por outro lado, o senhor manifestou solidariedade a-ber-ta-men-te (Bonner escandiu as sílabas) a ex-deputados petistas e a ex-ministros seus. Antes de se tornar presidente, a memória que o Brasil tem, candidato, era a de alguém que veementemente cobrava punição para quem quer que aparecesse diante de uma câmera de televisão suspeito de alguma coisa, mesmo que as culpas não tivessem sido provadas ainda. O que foi que fez o senhor mudar tanto de comportamento?” Se pergunta recebesse prêmio de jornalismo, Bonner levaria: claro, sucinto, objetivo. E Lula, então, falou a grande batatada da noite: “Primeiro, você deve estar falando de outra pessoa. Eu nunca pedi para que alguém fosse condenado antes de se provar a sua culpa”… Gargalhem aí. Visivelmente irritado, ele disse que afastou todos que estavam no governo federal. E não disse, é claro, quem foi que o traiu. Veja a próxima nota sobre José Dirceu e Antonio Palocci.
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