Na Folha deste domingo, vale a reportagem de Luciana Constantino dando conta de que o governo monitora mal os beneficiados pelo Bolsa-Família. O Ministério da Saúde não dispõe de dados sobre a maioria das famílias beneficiadas para saber se elas cumprem as contrapartidas exigidas: manter em dia a vacinação das crianças e pré-natal para gestantes. […]
Por Reinaldo Azevedo
Atualizado em 31 jul 2020, 23h23 - Publicado em 29 jul 2006, 21h51
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Na Folha deste domingo, vale a reportagem de Luciana Constantino dando conta de que o governo monitora mal os beneficiados pelo Bolsa-Família. O Ministério da Saúde não dispõe de dados sobre a maioria das famílias beneficiadas para saber se elas cumprem as contrapartidas exigidas: manter em dia a vacinação das crianças e pré-natal para gestantes. A pasta, como sabemos, andou ocupada com outras coisas. O curioso é que, do ano passado para este, o índice piorou: no segundo semestre de 2005, não havia acompanhamento para 67,2% das famílias atendidas; nos seis primeiros meses de 2006, o percentual é de 69,1%. Na educação, houve melhoria, embora claudicante, do acompanhamento. Nesse caso, a obrigatoriedade é manter a criança na escola: em 2004, não havia monitoramento para 49% das famílias; caiu para 22,5% em agosto/setembro de 2005 e voltou a subir, 35%, em fevereiro, março e abril deste ano. A resposta oficial, leiam lá, é que se trata apenas de uma dificuldade de reunir informações. Sei: quem não consegue nem juntar todos os dados num computador estaria preparado para cobrar contrapartidas por quê? Os números revelam o óbvio: o Bolsa Família é uma indústria da miséria, com porta de entrada, sem porta de saída, que transforma os pobres em eleitores dedicados. Na novilíngua petista, é a liberdade que é escravidão.
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