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Reinaldo Azevedo

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Bolívia – Sucre: sem governo, sem polícia, quatro mortos

No Estadão desta terça:A cidade de Sucre, centro-sul da Bolívia, amanheceu ontem sem governo e sem polícia após dois dias de intensos confrontos entre manifestantes e policiais por causa da aprovação em plenário do texto da nova Constituição. Ontem, um estudante baleado no fim de semana morreu no hospital, elevando para quatro o total de […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 6 jun 2024, 07h50 - Publicado em 27 nov 2007, 06h21
No Estadão desta terça:
A cidade de Sucre, centro-sul da Bolívia, amanheceu ontem sem governo e sem polícia após dois dias de intensos confrontos entre manifestantes e policiais por causa da aprovação em plenário do texto da nova Constituição. Ontem, um estudante baleado no fim de semana morreu no hospital, elevando para quatro o total de mortos nos confrontos – três civis e um policial. Ao mesmo tempo, partes do projeto começaram a ser divulgadas de forma extra-oficial na cidade, de cerca de 300 mil habitantes. As sessões da Constituinte, instalada em agosto de 2006, estavam suspensas havia mais de três meses por causa de impasses referentes à questão da capital do país e, até sábado, nenhum artigo havia sido aprovado. O fórum tinha até o dia 14 para entregar o esboço da Carta, mas protestos impediam que a Assembléia se reunisse. A maioria governista da Constituinte só conseguiu aprovar o projeto depois de se reunir numa sessão especial num quartel, sem a presença da oposição.
Sucre é a capital constitucional da Bolívia, mas só abriga o Poder Judiciário. La Paz abriga as sedes do Legislativo e Executivo desde 1899, após uma guerra civil. Os moradores de Sucre queriam que a Constituinte determinasse a volta de todos os poderes à cidade. Mas o partido governista, Movimento ao Socialismo (MAS), sempre foi contra a mudança da sede do governo.A polícia anunciou sua retirada da cidade no domingo, depois que a morte de um oficial foi confirmada e o governador do Departamento de Chuquisaca (do qual Sucre é capital), David Sánchez, abandonou seu gabinete na sexta-feira, deixando o governo nas mãos dos comitês cívicos. Ontem, 70 dos 120 presos que haviam escapado das cadeias de Sucre durante a confusão dos protestos voltaram voluntariamente às prisões. “Diante do vazio de poder, de governo e do abandono da polícia, o Comitê Interinstitucional, liderado por Jaime Barrón, está tomando decisões. É um autogoverno”, disse o presidente do Conselho Municipal de Sucre, Fidel Herrera.
SINOS, GRITOS, DINAMITES – Na Folha desta terça:
Sinos, gritos contra o governo, banda de música e estrondos de dinamites misturavam-se na principal praça de Sucre nas homenagens ao advogado Gonzalo Durán, 29, morto por uma bala, e ao estudante Juan Carlos Cerrudo, 21, que morreu com traumatismo no tórax, ambos enterrados ontem. Aos milhares de moradores da cidade juntaram-se mineiros de Huanani, que vieram do departamento (Estado) vizinho de Oruro. “Vamos ficar aqui até o governo admitir que esta errado”, disse Porfirio Mamani, presidente da Federação de Mineiros de Huanani. Deve ser enterrado hoje José Luis Cardozo, 19, que morreu na madrugada de ontem após ser ferido a bala no sábado. Segundo o médico-chefe do hospital universitário de Sucre, Ernesto Pantoja, a unidade chegou a receber 300 feridos.
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EVO ACUSA OS TRAIDORES – Na Folha desta terça:
O presidente da Bolívia, Evo Morales, respondeu ontem aos protestos da oposição contra o projeto da nova Constituição dizendo que o povo identificará os “traidores” da nação. “Ocupar escritórios do governo não é democracia, desobediência civil não é democracia. Esperamos que o povo boliviano identifique esses traidores, essas pessoas que são contra a nação e querem prejudicar o processo de mudança.” Manifestantes antigoverno protestaram ontem em várias regiões dominadas pela oposição, ocupando prédios estatais e convocando à desobediência civil.
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