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Reinaldo Azevedo

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Bin Laden está morto, e Obama está mais vivo do que nunca para a disputa do ano que vem

Osama Bin Laden está morto, e os EUA têm a posse do seu corpo. É uma boa notícia para o mundo civilizado, sem dúvida, mas, para Barack Obama, é A MELHOR que ele já deu aos americanos desde que é presidente. Aquele que é considerado o chefe da Al Qaeda estava escondido numa mansão nos […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 12h07 - Publicado em 2 Maio 2011, 07h15

Osama Bin Laden está morto, e os EUA têm a posse do seu corpo. É uma boa notícia para o mundo civilizado, sem dúvida, mas, para Barack Obama, é A MELHOR que ele já deu aos americanos desde que é presidente. Aquele que é considerado o chefe da Al Qaeda estava escondido numa mansão nos arredores de Islamabad, no Paquistão. O presidente procurou conferir dimensão histórica ao evento. Fez um pronunciamento à nação no fim da noite de ontem e sentenciou: “A justiça foi feita”.

Obama não economizou: “Por mais de duas décadas, Bin Laden foi um líder, um símbolo (…) Sua mote marca a mais importante conquista da nossa nação até agora na luta para destruir a Al Qaeda. Mas essa morte não marca o fim de nossos esforços”.

Especialistas em Inteligência, inclusive dos EUA, já não consideram Osama Bin Laden fundamental para a continuidade do terrorismo islâmico. A Al Qaeda, como se sabe, é uma rede, uma espécie de franquia do terror. Bin Laden era, de fato, o símbolo, como diz Obama, mas não a cabeça da serpente. E daí? O fato é que ele se colocou como o grande articulador dos atentados terroristas de 11 de Setembro de 2001. Essa morte tem mais importância para o passado recente dos EUA do que para o futuro. Não por acaso, Obama assegurou que os esforços para combater o terror continuam, dentro e fora do país.

Osama já estava bastante debilitado, tendo de se submeter a freqüentes sessões de hemodiálise. É improvável que tivesse um papel executivo na rede terrorista, mas era o sacerdote e a grande referência do jihadismo. Comprovada as suas digitarias nos atentados de 2001, o governo americano prometeu pegá-lo. Por isso se fez a guerra no Afegnistão, local de seu primeiro refúgio — guerra que está aí até hoje. E ele conseguiu escapar ao cerco. Obama presta, assim, satisfação ao povo americano — daí ele ter pronunciado a palavra “justiça” em seu discurso —, e entrega o que George W. Bush não conseguiu: a cabeça de Bin Laden.

E o terrorismo?
O terrorismo se enfraquece com isso? Não necessariamente. Aliás, a prudência ensina que, nesses momentos, quando se elimina um líder, a escala de alerta contra atentados caminha para o vermelho. Alvos americanos, ou ocidentais, em todo o mundo têm de se precaver. É possível que os terroristas tentem dar uma resposta para provar que continuam operando, o que todo mundo sabe,

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Voltemos ao ponto. Se é uma boa notícia para o mundo — questão de “justiça” —, para Obama, é estupenda, desde, é claro, que o território americano continue livre de atentados ou que não haja outra ocorrência de grande porte colhendo soldados americanos mundo afora. Essa questão é tão importante que, em seu pronunciamento, o presidente americano fez questão de destacar que americanos não se feririam na operação que matou Bin Laden,

Obama tem agora nas mãos um grande ativo eleitoral. Logo depois do anúncio da morte de Bin Laden, pessoas começaram a se concentrar em frente à Casa Branca. Ironicamente, o presidente de um “novo civilismo”, que viria inaugurar a era de paz pós-Bush, o guerreiro, vai chegando às urnas de 2012 como aquele que eliminou um líder terrorista e que depôs um facínora da Líbia (acho que, até lá, Kadafi caiu, não?).

Bin Laden está morto, e Obama está mais vivo do que nunca para a disputa de 2012.

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