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Reinaldo Azevedo

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Bashar Al Assad já era; agora é questão de tempo

Bashar Al Assad, ditador da Síria, já caiu. Só ele ainda não percebeu. Ou percebeu, mas tem dificuldade para mudar a sua natureza, a exemplo do que se viu com a família Kadafi. Por que aquela gente não pegou a grana fabulosa que tinha e caiu fora da Líbia? Kadafi foi encontrado num cano de […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 10h03 - Publicado em 28 nov 2011, 15h46

Bashar Al Assad, ditador da Síria, já caiu. Só ele ainda não percebeu. Ou percebeu, mas tem dificuldade para mudar a sua natureza, a exemplo do que se viu com a família Kadafi. Por que aquela gente não pegou a grana fabulosa que tinha e caiu fora da Líbia? Kadafi foi encontrado num cano de esgoto, sodomizado e linchado. Um de seus filhos, preso com vida e em boas condições de saúde, apareceu depois, morto, com um rombo fabuloso na garganta. Foram muitas as evidências de barbárie cometidas também pelos chamados “rebeldes”. Mas se tornaram personagens das fantasias e anseios “progressistas” e “civilizados” da imprensa e dos intelectuais do Ocidente, que apostam no “modo Obama” de exportar democracia…

Assad lidera um regime brutal? Sim! Quem vai derramar uma lágrima de tristeza por ele? Eu é que não! Mas não me peçam uma lágrima de emoção e esperança por aqueles que o estão derrubando. A exemplo do que aconteceu com Kadafi, só que numa região muito mais delicada e literalmente explosiva, ele está enfrentando uma luta armada. Pacifistas que carregam ramos de oliveira não saem por aí matando.

E o relatório da ONU? É um roteiro de horrores, com relatos de tortura de crianças, execuções, tiros contra a multidão… Ocorre que a maioria dos depoimentos pertence a desertores do Exército, pessoas que fugiram da Síria — leiam o noticiário com atenção — ou que estão no exílio, membros de grupos que tentam depor o governo. Não estou dizendo que sejam falsos necessariamente. Só estou afirmando que se está, também nesse caso, ignorando que o país vive uma guerra civil e que isso supõe uma guerra de versões. A outra não interessa, como não interessou na Líbia.

A tal “Primavera Árabe” resultará em governos democráticos, que passarão a respeitar os direitos e as escolhas individuais, coisa que nunca se viu por lá? Tomara que sim! Tenho tantos amigos que acreditam nisso que quase me convenço… Por enquanto, essas revoluções passam por outro caminho: há um óbvio e inequívoco processo de islamização do estado em todos os países, sem exceção, que estão passando pela revolução.

Nego-me, em 2011, a ser o Michel Foucault da “Primavera Árabe”, como Foucault foi o Foucault da “primavera iraniana” de 1979…

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