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Reinaldo Azevedo

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As acareações que o PT tentou evitar já têm data marcada

Acareações são sempre os momentos de ouro dos processos e das comissões de inquérito. E as marcadas pela CPI da Petrobras têm tudo para ser bem instigantes, não é mesmo? Daí que os petistas as quisessem evitar a todo custo. O deputado Hugo Motta (PMDB-PB), que preside a comissão, marcou o primeiro embate para o […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 01h08 - Publicado em 17 jun 2015, 16h52

Acareações são sempre os momentos de ouro dos processos e das comissões de inquérito. E as marcadas pela CPI da Petrobras têm tudo para ser bem instigantes, não é mesmo? Daí que os petistas as quisessem evitar a todo custo. O deputado Hugo Motta (PMDB-PB), que preside a comissão, marcou o primeiro embate para o dia 30. Ele se dará entre o doleiro Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa, dois que fizeram delação premiada e que não podem, pois, mentir.

O primeiro a piscar e a reivindicar o direito de ficar calado — e isso pode acontecer — estará com treta. A dupla atuava em estreita ligação. Há diferenças entre eles? Há! Querem uma? Costa disse que Antonio Palocci, o multiconsultor milionário, pediu R$ 2 milhões para a campanha de Dilma em 2010 e que o doleiro teria cuidado do assunto. Youssef nega. E aí?

Os embates que vêm na sequência são mais aguardados. No dia 7 do mês que vem, Pedro Barusco — aquele que topou devolver US$ 97 milhões — se confronta com seu ex-chefe, Renato Duque, o petista que era diretor de Serviços. Barusco admitiu uma penca de safadezas quando era braço-direito do homem do PT na Petrobras, operando em dobradinha. O outro, até agora, não confessou crime nenhum.

E o “grand finale” fica para o choque de versões entre Barusco e João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT. Os dois se encontram na comissão no dia 14. As acareações foram aprovadas na mesma sessão que convocou Paulo Okamotto, o faz-tudo de Lula e presidente do instituto que leva o nome do ex-presidente. Os deputados querem que ele explique por que o instituto recebeu R$ 3 milhões da Camargo Corrêa entre 2011 e 2013 e por que a empresa de palestras de Lula, da qual Okamotto é sócio, recebeu mais R$ 1,527 milhão da construtora. Os petistas tentam ainda reverter a convocação.

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