Alckmin e os baderneiros de José Rainha
Leiam o que vai no Estadão Online. Volto em seguida: Alckmin diz que governo não vai tolerar invasão de terra em SP O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), manifestou nesta segunda, 17, preocupação com a onda de invasões promovida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no interior do Estado. Num recado […]
Leiam o que vai no Estadão Online. Volto em seguida:
Alckmin diz que governo não vai tolerar invasão de terra em SP
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), manifestou nesta segunda, 17, preocupação com a onda de invasões promovida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no interior do Estado. Num recado direto aos sem-terra, Alckmin disse que o governo de São Paulo “não vai tolerar” invasão de propriedade. “A invasão é um desserviço à reforma agrária porque a boa bandeira da reforma fica maculada pelas invasões de propriedade, que causam uma enorme insegurança no campo”, disse hoje, durante a abertura da Couromoda, maior feira do setor calçadista do País.
Alckmin lembrou que a desapropriação de terras é de competência do governo federal e que cabe ao Estado oferecer terras devolutas para a criação de assentamentos rurais. “Orientei a secretária de Justiça, Eloisa Arruda, para acelerar esses esforços junto ao Poder Judiciário”, afirmou. Em todo o “janeiro quente”, a jornada do movimento para cobrar a reforma agrária invadiu 34 áreas e três repartições públicas. “Vamos apoiar a reforma agrária, mas não vamos tolerar invasão de terra”, reforçou o governador.
Comento
Espero que o discurso do governador coincida, de fato, com a sua prática. A secretária da Justiça, Eloisa Arruda, já se reuniu com lideranças do MST. Em entrevista ao Estadão Online, anunciou que iria a Presidente Prudente para conversar. Segundo ela, algumas reivindicações do movimento são justas. É mesmo? Quais? Não há mal nenhum num bate-papo, desde que se tenha claro que boa parte das ações do MST são, de fato, ilegais. Trata-se, não sem motivo, do “movimento social” (assim eles se identificam) mais detestado pela opinião pública, que não aprova seus métodos.
No domingo, o Estadão publicou uma reportagem-perfil com o inefável Gabriel Chalita, recém-convertido àquele tipo de “socialismo” do PSB. Quem não ignora como são feitos os jornais e as salsichas, para lembrar frase antiga, sabe que a principal fonte de informação foi o próprio Chalita, embora se tenha tentado lavar a origem da “apuração”. Falo mais a respeito deste tão prolífico cantor dos próprios dotes no post seguinte.
Na reportagem, Eloísa Arruda aparece como um dos secretários da “cota Chalita” (por que ele teria uma?). Ficamos sabendo também que o bardo tardio do socialismo prometeu aos petistas que levaria o governo Alckmin mais “para a esquerda”. Parece que o poeta, prosador, filósofo, professor, advogado e lírico de si mesmo se coloca como o copndestável do governo de São Paulo.
Na relação com o MST — e, espero, em qualquer caso —, o governador, ele mesmo, promete seguir a lei. Quanto à secretária Eloísa Arruda, dizer o quê? Eu gostaria de saber quais reivindicações do movimento ela acha justas e até que ponto ela considera que a lei pode ser jogada no lixo para que elas sejam atendidas. Alckmin que se cuide: os políticos que tentaram abir mão do que têm para alcançar o inalcançável ficam, por óbvio, de mãos abanando. Falo mais no próximo post.