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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

Ainda o papelucho de Dimenstein e uma resposta a um leitor

Falei do quão aborrecida acho essa história de Gilberto Dimenstein ficar com cartinhas para cima e para baixo, exigindo o compromisso de candidatos de que vão ficar quatro anos no cargo. Aí um leitor chamado Igor me escreve: Reinaldo,Você questiona que moral superior impediria o Alckmin de candidatar-se ao governo do Estado. Gostaria de saber […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 19h24 - Publicado em 4 jun 2008, 21h03
Falei do quão aborrecida acho essa história de Gilberto Dimenstein ficar com cartinhas para cima e para baixo, exigindo o compromisso de candidatos de que vão ficar quatro anos no cargo. Aí um leitor chamado Igor me escreve:

Reinaldo,
Você questiona que moral superior impediria o Alckmin de candidatar-se ao governo do Estado. Gostaria de saber se a palavra empenhada não tem valor. Em Dois Córregos também é assim? Ou na política as coisas seriam diferentes? Quero apenas entender sua posição (que, sei, já manifestou outras vezes sobre o caso do Serra), que não me parece condizente com o conjunto das suas opiniões (que aprecio muito).
Abraços,
(Igor) 17:40

Respondo
Caro Igor,
Minha posição é sempre sobre dois pés. E já explico o que quero dizer. Quando um político assume um cargo eletivo — de quatro anos; oito para o Senado —, a perspectiva sempre é cumprir o mandato. Mas a realidade política é dinâmica. Um senador medíocre pode ser um bom governador ou bom prefeito, por exemplo. O partido pode chegar a uma situação tal, que o único candidato viável seja aquele eleito para outro cargo. Nesse caso, faz-se o quê?

Esse moralismo bocó da cartinha de Dimenstein supõe que o sujeito estaria traindo o eleitor. Ora, mas se ele sai candidato justamente porque é viável, não seria uma traição a esse eleitores e ao partido deixar de encarar o desafio? Ademais, os eleitores conhecem a trajetória do político: não precisam ser tutelados por Gilberto Dimenstein.

Ora, Alckmin, Marta e Kassab, cada um no seu partido, é uma nome viável a disputar o governo de São Paulo. E, curiosamente, a viabilidade é maior se forem eleitos agora. Quer dizer que o partido deve renunciar à possibilidade de uma vitória por causa da cartinha de Dimenstein? Ela vale mais do que a vontade de milhões de pessoas porque, afinal, ele tem coluninha no jornal e pode ficar exercitando seu moralismo bocó no rádio?

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Acho isso chato e até perigoso. A imprensa não é partido e não pode se comportar como tal.

Sem contar que a carta é chantagem. Que saída tem o candidato? Se não assinar, dirão que quer a prefeitura como trampolim; se assina e a realidade política lhe impõe a candidatura, haverá quem o chame de traidor. DIMENSTEIN ESTÁ OBRIGANDO A PESSOA A EMPENHAR A PALAVRA. Ou ele vai colocá-la na boca do sapo. Verdade ou mentira? É a versão jornalística e moral da milícia. Tou fora. Repudio.

Os candidatos deveriam é fazer um pacto entre si não assinando porcaria nenhuma. Dimenstein não pode, com um papelucho, tentar cassar um direito constitucional dos candidatos.

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E reitero: Erundina concluiu mandato. Maluf concluiu mandato. Pitta praticamente concluiu mandato. Marta concluiu mandato. Serra não concluiu e deixou mais da metade para Kassab. E São Paulo raramente foi tão bem-administrada. Qual é a tese?

Em Dois Córregos, meu caro, como em qualquer lugar, alguns cumprem a palavra empenhada, e outros não. Falo de mim. Eu cumpro. Mas não me deixaria chatagear por pseudomoralistas.

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