Ainda o Barcelona e a Seleção Brasileira de 1982
Sim, queridos, é futebol, área sobre a qual não escrevo habitualmente. Mesmo assim, quero esclarecer uma coisa. No post que escrevi sobre a derrota do Barcelona e seus efeitos, lembrei as consequências deletérias para o futebol brasileiro decorrentes da derrota da Seleção Brasileira de 1982 — experimento o trauma como se fosse ontem; e eu […]
Sim, queridos, é futebol, área sobre a qual não escrevo habitualmente. Mesmo assim, quero esclarecer uma coisa. No post que escrevi sobre a derrota do Barcelona e seus efeitos, lembrei as consequências deletérias para o futebol brasileiro decorrentes da derrota da Seleção Brasileira de 1982 — experimento o trauma como se fosse ontem; e eu tinha apenas 20 anos…
Atenção! Eu não comparei o futebol do Barcelona com o daquela equipe de jeito nenhum! Até diria que, em muitos aspectos, são posturas antitéticas. O Barça é muito mais disciplinado taticamente, por exemplo. Só recorri àquele caso porque se fez, então, uma leitura torta, mediocrizante, da equipe treinada por Telê Santana. Triunfou aquela besteirada de que havíamos perdido porque só sabíamos “jogar bonito”. Abriu caminho, os mais antigos se lembram, para Sebastião Lazaroni na Copa de 1990. Foi patético!
A rigor, o desastre de 1982 deixou efeitos de longuíssimo prazo. Dunga como técnico da Seleção, mesmo com as duas conquistas anteriores (mas sem brilho, convenham…), ainda era o triunfo do “jogo feio e eficiente”.
É só uma questão de postura. Eu não reconheço um vínculo necessário ou uma relação de causa e efeito entre a feiura e a eficiência. Sei que há quem não goste, mas acho belíssimo o futebol do Barcelona — que é vencedor, admita-se. Aliás, chamo a atenção para o fato de que o time reacendeu a paixão pelo futebol, que andava burocrático, com seus craques candidatos a corredores. O Barcelona repôs em campo, em certa medida, os brasileiros de antigamente: baixinhos, ágeis e geniais.