AÉCIO E A CHAPA TUCANA
No Estadão de hoje, lê-se o seguinte: “Cotado para ser vice na chapa do PSDB que disputará a Presidência, o governador mineiro, Aécio Neves, tomará uma decisão entre a abril e maio deste ano e, até essa data, pretende ponderar o desempenho de José Serra nas pesquisas de intenção de voto, dizem aliados. Se avaliar […]

No Estadão de hoje, lê-se o seguinte:
“Cotado para ser vice na chapa do PSDB que disputará a Presidência, o governador mineiro, Aécio Neves, tomará uma decisão entre a abril e maio deste ano e, até essa data, pretende ponderar o desempenho de José Serra nas pesquisas de intenção de voto, dizem aliados. Se avaliar que o paulista sustenta a dianteira, é provável que abrace a causa. Do contrário, se dedicará à eleição em Minas.”
Comento
É uma boa notícia para os tucanos e até para a democracia que ele conte com a hipórtese de ser vice de Serra. O convite já foi feito e refeito. Mas, a ser verdade o que vai acima, e parece que é, há aí um problemina.
Uma candidatura à Presidência da República tem de ser construída, não é mesmo? Dou tanta importância a Aécio que avalio que a POSSIBILIDADE DE ELE SER VICE, e não A PROBABILIDADE DE NÃO SER, que é como as coisas estão hoje, certamente fortaleceria desde já a possível chapa tucana.
Se a coisa for mesmo como vai acima, fica um troço meio esquisito. Entendo que, se Serra estiver bem nas pesquisas, ele aceita o desafio; se não estiver, então ele recusa. Uma parceria, parece-me, é um pouco mais do que isso. O que concluir do que vai acima? Que ele só aceita ser vice se Serra não precisar dele? E se precisar? Não?
O governador de Minas é tão importante, na minha opinião, que eu acho que o Brasil precisa dele. Sei que parece uma coisa, assim, muito retórica. Mas é nisso que acredito. Um bom grupo de leitores, meio irritados comigo, pergunta: “Por que Aécio tem de ir para o sacrifício?” Qual sacrifício? A política, a realidade brasileira, os números da pesquisa, tudo indica que não se trata de questões pessoais? Todos querem, sem ironia, o bem do Brasil, não é?