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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

Aécio: “vigoroso”, não “generoso”

Na sexta, escrevi aqui um texto intitulado “Aécio presidente do Senado? Vamos fazer as contas para não fazer de conta. Muitos admiradores do senador eleito reclamaram, afirmando que eu estava pegando no pé dele. Não estava, claro! Lembrei uma coisinha óbvia. Ele só conseguiria o posto em duas hipóteses: a) um governo Dilma que já […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 5 jun 2024, 14h21 - Publicado em 8 nov 2010, 04h55

Na sexta, escrevi aqui um texto intitulado “Aécio presidente do Senado? Vamos fazer as contas para não fazer de conta. Muitos admiradores do senador eleito reclamaram, afirmando que eu estava pegando no pé dele. Não estava, claro! Lembrei uma coisinha óbvia. Ele só conseguiria o posto em duas hipóteses: a) um governo Dilma que já fosse inviável antes de começar, com rebelião da base, o que não acontecerá; b) um acordão com o Planalto que liquidaria a oposição antes mesmo de ela dizer “bom dia!”.

A proposta foi tornada pública por Cid Gomes, governador do Ceará (PSB), amigo de Aécio, cujo partido é sócio do PSDB de Minas na Prefeitura de Belo Horizonte. O mesmo Cid aproveitou para sugerir a recriação da CPMF, idéia imediatamente encampada por Antonio Anastasia, governador de Minas. As pessoas juntaram tudo e começaram a maldar. Vocês sabem como é esse ambiente político. Vivem procurando pêlo em casca de ovo — e geralmente encontram.

Mas Aécio avisa que não é nada disso. E os que me criticaram podem agora me elogiar. O senador eleito concorda comigo: não há a menor chance! E ele também avisa que propôs uma oposição “vigorosa”, não “generosa”. Considerando que o que define uma democracia é a existência de oposição, então acho que essa é uma boa notícia. Poderia começar por tentar convencer o governador Anastasia a retirar o seu apoio à recriação da CPMF. Uma oposição “vigorosa” tem de começar por cobrar do governo que cumpra a sua promessa de redução da carga tributária escorchante que existe no Brasil. Se não o fizer, estará sendo só “generosa”.

Leiam trechos da reportagem de Christiane Samarco, no Estadão:

“Não postulo e não serei presidente do Senado”

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Sob o argumento de que sempre respeitou a proporcionalidade na distribuição do poder no Parlamento, o senador eleito Aécio Neves (PSDB-MG) disse ao Estado que em momento nenhum articulou com os partidos aliados e até mesmo da base governista o apoio à sua candidatura à presidência do Congresso. No sábado, o Estado revelou que foi deflagrada uma ampla articulação política para que Aécio conquiste o comando do Senado, em operação bancada por PSDB e DEM, com o apoio informal de setores do PSB e do PP. A articulação contaria com a possível adesão de PDT e PC do B, que ajudaram a eleger Dilma Rousseff presidente. Em troca, o senador apoiaria esses parceiros na briga pelo controle da Câmara.

“Não postulo, não articulo, não disputo e não serei presidente do Congresso. É natural que a presidência do Senado caiba às forças majoritárias, o que não é o nosso caso. Quem pensa que estou articulando isto, ou não me conhece, ou não conhece o Congresso. Fui parlamentar por 16 anos e sempre defendi, e continuo defendendo, o respeito à proporcionalidade na ocupação dos espaços no Parlamento”, afirmou Aécio. (…) “Minha participação nisso é zero, zero, zero. Não estou conversando com ninguém e não falei com um único senador sequer sobre presidência do Senado. Não postulo nada e não quero cargo algum.”

(…)
O tucano diz que seu maior objetivo é defender os interesses de Minas, o que o levará a construir “pontes políticas”, até com setores do governo, que viabilizem reformas também do interesse do País. A busca dessas pontes, no entanto, não vão impedir, segundo Aécio, que o PSDB faça uma oposição “vigorosa” ao governo Dilma, e não “generosa”, expressão usada pelo ex-governador que chegou a provocar interpretação de que haveria um embate “suave”. “Ao contrário. Faremos oposição com uma cobrança clara em relação aos compromissos e às promessas feitas pela candidata Dilma Rousseff. Será uma oposição firme, mas responsável.” Aqui

Encerro
Está dito! Dilma prometeu revolucionar a saúde sem CPMF e reduzir a carga tributária. É preciso cobrar isso dela: vigorosamente! É uma questão de generosidade com o país.

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