Abbas faz o seu discurso: “A hora da independência chegou”
Leiam trecho da síntese que faz VEJA Online sobre o discurso na ONU de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina (aqui ). Comentarei ao longo do dia. * Um ano atrás, nesta mesma sala, retomamos as negociações a fim de alcançar um acordo de paz, com a mediação do presidente (dos EUA, Barack) Obama. […]

Leiam trecho da síntese que faz VEJA Online sobre o discurso na ONU de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina (aqui ). Comentarei ao longo do dia.
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Um ano atrás, nesta mesma sala, retomamos as negociações a fim de alcançar um acordo de paz, com a mediação do presidente (dos EUA, Barack) Obama. Entramos de coração aberto e orelhas atentas, mas os esforços foram em vão. Semanas depois, a tentativa fracassou.” Dessa forma, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, iniciou seu discurso na 66ª Assembleia Geral das Nações Unidas para pedir oficialmente o reconhecimento do estado palestino. “Basta! É hora de os palestinos finalmente terem sua liberdade. A hora da independência chegou”, declarou ele, que em vários momentos foi ovacionado por parte da plateia formada por chefes de estado e representantes diplomáticos – os Estados Unidos, por exemplo, que são contra a proposta, ouviram o discurso sem se manifestar. Ainda assim, Abbas agradeceu a todos os estados que apoiaram a proposta, inclusive o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. “O apoio de tantos países ao estado palestino e a sua admissão na ONU é uma contribuição para a paz no mundo”, disse.
Além do estado independente, Abbas também pediu a libertação imediata dos palestinos presos pelo governo israelense e afirmou que seu povo sempre esteve determinado a negociar. Ele defende que o reconhecimento do novo estado deve acelerar o avanço no diálogo, enquanto Israel alega exatamente o contrário – que as negociações precisam ser retomadas antes de qualquer decisão ser tomada pela ONU. “Não podemos simplesmente seguir as negociações como se tudo estivesse bem, se os israelenses continuam com a ocupação em território palestino. É totalmente inaceitável”, continuou Abbas. “Não vamos permitir que continuem rejeitando resoluções já tomadas e ignorando a posição da maioria dos países do mundo.”
Ele culpa as autoridades israelenses de terem acabado com suas esperanças em relação a um acordo de paz, ao intensificarem a construção dos assentamentos no território do futuro estado palestino. Abbas também define como “brutalidade” a maneira como Israel tem tratado o povo palestino, confiscando sistematicamente as casas de milhares de pessoas que vivem na Cisjordânia e destruindo comunidades inteiras. Sobre o terrorismo, principal preocupação de Israel diante da possibilidade de criação imediata do estado palestino, Abbas afirmou que condena essas atividades criminosas “em todas as suas formas”.