A Venezuela é o eldorado ideológico do petismo
Não digam que ninguém escreveu. Já escrevi e estou reiterando: Luiz Inácio Lula Apedeuta da Silva é chefe do ditador venezuelano Hugo Chávez. O Brasil está se apresentando como uma espécie de esteio e fiador da ditadura bolivariana. Segundo contou Marco Aurélio Sargento Garcia a Eliane Cantanhêde, da Folha, a cooperação com o Maluco de […]
O que isso significa na prática? O assessor de Lula segue impávido: “A Venezuela precisa de um projeto de substituição de importações”. Oba! A substituição de importações tem de dar certo em algum lugar, não é, petistas? Que seja na Venezuela! O país de Chávez está se tornando o Eldorado ideológico do petismo. E a disposição de Brasília é colaborar ativamente com a ditadura: “O Brasil apoiará o desenvolvimento industrial da Venezuela com investimentos, transferência de tecnologia e projetos de cooperação”, escreve Cantanhêde. O BNDES, que já financia o Metrô de Caracas, entra na jogada? Sargento ainda não sabe.
Leitor, nada disso é necessariamente para já. Foi feito um Grupo de Trabalho (!?), o que significa que pode ficar para as calendas. Mas o que interessa é outra coisa: o Brasil, que anseia a condição de líder regional, não se limitou a ficar calado diante da escalada autoritária de Chávez. Não! Celso Amorim disse que o conjunto da obra pode até ser útil ao Brasil, e o Apedeuta mandou um recado ao coronel: “Nós não nos metemos em assuntos internos da Venezuela”. É mentira. O Brasil se mete, sim. Para apoiar uma ditadura.
O petismo está tentando dar fôlego ao modelo chavista, dependente apenas dos elevados preços do petróleo. É a agenda do Foro de São Paulo, criado por Lula, dando rumo ao “socialismo do século 21”. Por enquanto, na Venezuela. Mas a tentação autoritária é continental. Paranóia? Na última vez em que ouvi isso, Chávez não tinha decidido a nacionalização de empresas, não gozava de superpoderes e ainda não tinha anunciado a disposição de eliminar qualquer restrição a sucessivas reeleições de… Chávez! Ah, sim: Evo Morales e Rafael Correa são ganhos adicionais do que é um projeto de poder no continente.