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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

A USP e a Casa do Saber

Uma das minhas correspondentes das Letras me manda um e-mail interessante. Parece que professores e invasores resolveram fazer algo parecido com uma universidade livre. Uma Casa do Saber, só que, como dizer?, meio soviética. Ou mais ou menos: os valentes estão contando, claro, em receber pelos dias parados. Quem está em greve? Só a Fefeléchi. […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 22h26 - Publicado em 25 Maio 2007, 23h38
Uma das minhas correspondentes das Letras me manda um e-mail interessante. Parece que professores e invasores resolveram fazer algo parecido com uma universidade livre. Uma Casa do Saber, só que, como dizer?, meio soviética. Ou mais ou menos: os valentes estão contando, claro, em receber pelos dias parados. Quem está em greve? Só a Fefeléchi. Lá, mandam os comuno-fascistas. Ah, sim, como ninguém é de ferro, um dos grevistas tem aula agendada na Casa do Saber — aquela, a outra, a chique. Repare que eles estão pensando numa programação até 17 de junho!!! Segue a reportagem:

Reinaldo, aqui é (…) Veja só o e-mail que recebi. Mandei um pequeno comentário:

O E-MAIL DOS GREVISTAS
“Durante as próximas semanas, vários professores do curso de Letras da FFLCH estarão ministrando palestras sobre diversos temas, na sala 107 do prédio, no intuito de evitar que a greve da faculdade resulte em defasagem acadêmica dos estudantes e que seja apenas uma manifestação vazia: queremos evitar a ‘greve de pijama’ e a perda de tempo generalizada.

Por isso, todos os que quiserem comparecer e absorver o conhecimento que esses doutores estão dispostos a compartilhar serão bem-vindos. A semana entre os dias 28 e 3, assim como o período da manhã das semanas seguintes, contará com palestras
concebidas principalmente para os alunos de graduação, embora sirvam bem a quaisquer interessados, enquanto os eventos noturnos das semanas entre os dias 4 e 17 serão mais voltados a alunos de cursinho, versando sobre os livros cobrados pelo vestibular. Segue o calendário já definido:

Dia 29/5, terça-feira: 10h- Baudelaire, por Viviana Bosi
19h- “O Direito à Literatura”, por Roberto Zular

Dia 30/5, quarta-feira: 10h- Formação do romance inglês, por Sandra Vasconcellos

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Dia 31/5, quinta-feira: 10h- Poesia e participação, por Ivone Daré Rabello
19h- [tema a definir], João Adolfo Hansen

Dia 1/6, sexta-feira: 10h- Violência e melancolia, por Jaime Ginzburg

Dia 4/6, segunda-feira: 19h- “Dom Casmurro”, por Luiz Roncari

Dia 5/6, terça-feira: 19h- “O Auto da Barca do Inferno”, por Flávia Corradin e Francisco Maciel Silveira

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Dia 6/6, quarta-feira: 10h- Cervantes, por Maria Augusta da Costa Vieira
19h- “A Cidade e as Serras”, por Helder Garmes

Dia 11/6, segunda-feira: 10h- Oswald de Andrade, por Maria Augusta Fonseca
19h- “Poemas Completos de Alberto Caeiro”, por Adma Fadul Muhana

Dia 12/6, terça-feira: 10h- Teatro político no Brasil, por Cláudia de Arruda Campos
19h- “Iracema”, por Eduardo Vieira Martins

Dia 13/6, quarta-feira: 19h- “Vidas Secas”, por José Miguel Wisnik

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Dia 14/6, quinta-feira: 19h- “Sagarana”, por Yudith Rosembaum

Dia 15/6, sexta-feira: 19h- “Memórias de um Sargento de Milícias”, por
Cilaine Alves da Cunha

Além dos já confirmados, esperam programação final um evento sobre poesia contemporânea na noite do dia 30/5, uma apresentação musical do professor Wisnik na noite do dia 1/6, a palestra sobre “A Rosa do Povo” e outras que preencham os horários livres, possivelmente até o fim do período de greves. Na segunda-feira, dia 28/5, não haverá programação para que todos os estudantes possam comparecer à sua Assembléia, a ser realizada, às 18h, em frente à Reitoria, com o objetivo de prosseguir com o processo democrático de reivindicações. Esperamos que todos aproveitem essa oportunidade para participar da greve e fazer dela um movimento consciente e produtivo.
Gratas pela atenção
Comissão de Contato com Professores e Comissão de Comunicação da greve da Letras”

COMENTÁRIO DA CORRESPONDENTE
As “comissões” não param de se multiplicar. Deve haver uma Comissão para a Criação de Comissões. Parece qualquer pedaço menor de 1984.

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É curiosa a disposição dos professores de dar “aulas”, mas não aulas de verdade, em meio a suas reivindicações lunáticas. Recebi outro e-mail, aliás, que anunciava que um professor signatário do abaixo-assinado de apoio à invasão e provável apoiador também da greve dará quatro aulas de literatura por R$ 360 na Casa do Saber. O mais triste é que trata-se de um bom professor.

Voltei
Viram só? A programação já vai até meados do mês que vem. Mas eles alertam que, no dia 28, há assembléia. Pra quê? Leiam o que vai acima: para continuar com o movimento. É a Assembléia em que só é permitido votar de acordo com a vontade dos comandantes.

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