A tática Igreja Universal da petralhada

Sabem quantos comentários recebi até agora, 22h43? Nada menos de 3.643. Reitero o pedido para que não mandem textos muitos longos ou reprodução de artigos. Procurem fazer uma síntese. Porque vocês sabem: preciso cuidar deles. Os petralhas não têm cura. Ontem, eles começaram a me chamar de “meu caro” e “caro Reinaldo”. Não deu certo. Hoje, aderiram ao estilo fiel da Igreja Universal do Reino de Deus, a dona do partido do vice, José Alencar. Estão mandando para cá historinhas edificantes. E agem de forma organizada. O roteiro é sempre o mesmo, variando só a redação — e não muito. Devem ter um texto-guia. É assim (vejam abaixo as variantes): “Eu sou pequeno empresário (1) e votei em FHC duas vezes. Mas a minha vida piorou muito (2). Votei com medo no Lula em 2002 (3). Sei que ele não é perfeito (4), mas ainda é o melhor (5). Acho que o senhor poderia considerar que nem todo mundo que vota no Lula é petralha (6)”. É a fórmula neopentecostal. Estavam no fundo do povo, encontraram Lula e se salvaram. Atenção, petralhas: não colou! Voltem para o blog de onde vieram. Este não lhes pertence. Estou vacinado contra este tipo de coisa. Sempre que alguém me diz, por exemplo, que era adepto da alopatia e mudou para a homeopatia, eu conto que fiz o contrário: era homeopata e me tornei alopata. Não sei se captaram a mensagem…

(1) Variantes: professor, servidor público, administrador de empresas
(2) Variantes: ele me decepcionou, ele me frustrou, ele não olhou para o povo
(3) Variantes: resolvi arriscar, votei contra a continuidade
(4) Variantes: apesar dos problemas, mesmo com os erros, também tenho críticas ao PT
(5) Variantes: é melhor que FHC, é melhor do que os tucanos, ao menos sabe que o povo existe