A Revolta da Vacina aqui e em Murilo de Carvalho
Pô, fiquei até orgulhoso: Na madrugada de domingo para segunda, escrevi aqui, como sabem, o seguinte:“Sugiro a vocês que façam uma pequena pesquisa sobre a Revolta da Vacina, que explodiu no Rio em 1904, no governo Rodrigues Alves. Oswaldo Cruz foi autorizado a vacinar a povaréu contra a varíola nem que fosse debaixo de porrete. […]
Na madrugada de domingo para segunda, escrevi aqui, como sabem, o seguinte:
“Sugiro a vocês que façam uma pequena pesquisa sobre a Revolta da Vacina, que explodiu no Rio em 1904, no governo Rodrigues Alves. Oswaldo Cruz foi autorizado a vacinar a povaréu contra a varíola nem que fosse debaixo de porrete. Os mata-mosquitos invadiam as casas para combater a febre amarela. Áreas pobres da cidade eram demolidas como medida de higiene. O coquetel resultou em violência de rua e estado de sítio: 30 mortos, 110 feridos e alguns presos enviados para o Acre. O povo, como se vê, aprendeu. Já acredita em vacina. Mas o governo continua incompetente e ainda culpa aqueles a quem diz querer proteger.”
Nesta terça, no Estadão On Line — e também há uma reportagem a respeito no jornal desta quarta —, lê-se:
“Para o historiador José Murilo de Carvalho, a recente corrida da população pela vacina contra a febre amarela reflete um grande avanço da sociedade brasileira. O mesmo não se pode dizer, porém, do governo. ‘A população evoluiu, o governo não.’ Murilo de Carvalho, que estudou o conflito no Rio em 1904 conhecido como ‘Revolta da Vacina’, observa que, nos dois momentos, a população demonstrou uma profunda desconfiança diante do discurso feito pelas autoridades.”
Tio Rei não é historiador, claro, mas é esforçado. Não toca bandolim. Não rouba ninguém. Não é caloteiro. Não faz programas sorrateiros. Não é ambíguo. Não é anfíbio. Não tem um amigo chamado Beto. Tio Rei estuda. Ah, e também é cheiroso, hehe.
Lei no Estadão de hoje País vive revolta da vacina às avessas