A prisão de Dirceu, o motivo alegado por Moro e a estupidez de Luis Fernando Verissimo
A delinquência intelectual que toma conta de… sedizentes intelectuais de esquerda não tem, creio, paralelo na história do país. E quem vai apanhar aqui é Luis Fernando Verissimo. Mas, antes, preciso fazer algumas considerações. O juiz Sergio Moro decretou a prisão preventiva de José Dirceu alegando o seguinte, prestem atenção: “Em um contexto de criminalidade […]
A delinquência intelectual que toma conta de… sedizentes intelectuais de esquerda não tem, creio, paralelo na história do país. E quem vai apanhar aqui é Luis Fernando Verissimo. Mas, antes, preciso fazer algumas considerações.
O juiz Sergio Moro decretou a prisão preventiva de José Dirceu alegando o seguinte, prestem atenção:
“Em um contexto de criminalidade desenvolvida de forma habitual, profissional e sofisticada, não há como não reconhecer a presença de risco à ordem pública, a justificar a prisão preventiva para interromper o ciclo delitivo”.
Digo sem meias palavras: acho, por tudo o que veio à luz, que Dirceu cometeu crimes. Que ele represente risco à ordem pública, bem, aí eu gostaria que alguém, sem recorrer já ao mérito — e, pois, à sentença —, me provasse. Acho relativamente fácil demonstrar por que o petista tem de ser condenado na hora do julgamento! A prisão preventiva, nesses termos, sabe qualquer pessoa que lida com o direito, é mais uma decisão de exceção.
O juiz vai adiante:
“O fato é que, se a corrupção é sistêmica e profunda, impõe-se a prisão preventiva para debelá-la, sob pena de agravamento progressivo do quadro criminoso. Se os custos do enfrentamento hoje são grandes, certamente serão maiores no futuro.”
Se as palavras fazem sentido, estamos diante da antecipação de uma sentença condenatória, que pode ser absolutamente legítima… na hora do julgamento! Por tudo o que veio à luz, tendo a endossá-la. Mas pergunto: é a esse propósito que serve a prisão preventiva? É o que está escrito no Artigo 312 do Código de Processo Penal?
Assim, não é difícil contestar a prisão preventiva de Dirceu. O PT, no entanto, covarde que é, resolveu ignorar o “companheiro”. A sua defesa ficou por conta desses que a imprensa costuma chamar “intelectuais”. Luis Fernando Verissimo, um cronista só às vezes engraçado, entra nessa categoria. Disse o gigante:
“Pelo que o José Dirceu significa, mesmo que sua prisão não fosse política, seria política”.
Entenderam? Verissimo não quer nem entrar no mérito se o juiz Moro está certo ou errado, se existem ou não razões para se decretar a prisão preventiva de Dirceu. Para ele, alguns homens deveriam estar acima dessas vulgaridades. Afinal, como só estados totalitários fazem presos políticos e como a prisão do Zé seria sempre política, então o Zé, segundo o escritor, jamais deveria ser preso, pouco importa o que fizesse, nem que roubasse pirulito da Dilma…
É assim que as esquerdas entendem a justiça: aos amigos tudo, menos a lei. Aos inimigos nada, nem a lei. Verissimo acredita que a aristocracia de esquerda não pode ir para a cadeia, pouco importa o crime. Vejam os amigos que sobraram ao Zé…
É de vomitar.