A política e a lealdade
(ler primeiro os dois posts abaixo) Só uma coisinha a certa patrulha. Não me venham com esse papo de que escolhi esse ou aquele candidato. Se Aécio considera que essa sua andança com Ciro Gomes, que é quem é e diz o que diz, colabora para a construção de sua imagem, acho que ele está […]
(ler primeiro os dois posts abaixo)
Só uma coisinha a certa patrulha. Não me venham com esse papo de que escolhi esse ou aquele candidato. Se Aécio considera que essa sua andança com Ciro Gomes, que é quem é e diz o que diz, colabora para a construção de sua imagem, acho que ele está cometendo um erro. Afirmo-o como observador da política, não como quem torce por um por outro. Se eu não fosse jornalista, mas padre, estaria dizendo-o em seu próprio benefício. E acredite quem quiser.
Digamos que ele se eleja presidente com o apoio de Ciro Gomes. O que isso significa? Que Ciro passará a reconhecer a contribuição do partido de Aécio para a estabilidade do país? Ou ele insistirá em que o PSDB é a fonte de todas as desgraças do Brasil? Ou fará uma seleção, como Deus no Juízo Final, separando os bons tucanos — aqueles com os quais concorda — dos maus tucanos, aqueles dos quais discorda? Qual seria o norte?
Alguém responderá: “Ah, só o futuro vai interessar! O passado não terá importância”. Isso é retórica oca. Um governo se faz com homens reais, com partidos reais, que têm história e compromissos — ou seja: que têm passado.
Sugiro uma questão para reflexão: verdadeira ou mentirosa (acho um pouco falsa, como tudo nele), uma das características que a população reconhece como positiva em Lula é a lealdade. Alguém que fique com fama de “desleal” vai para o vinagre.
“Você quer Serra, confesse”, gritam os candidatos a torturadores. Não! Cobro, como observador, um mínimo de coerência. Quero saber o que faz um pré-candidato do PSDB de braços dados com aquele que se quer e se coloca como um inimigo jurado dos tucanos. “Ah, mas é dos tucanos, não de Aécio”. Mas Aécio não é tucano? Não é como representante do partido que se apresenta para a disputa?
Nunca, em momento nenhum, tratei com olhos críticos a tentativa de Aécio de conquistar apoios em seu próprio partido e em legendas outras que não tenham adquirido essa marca de “anti” — seja “anti-FHC”, “anti-Serra” ou “anti-PSDB”. É o caso do PMDB ou mesmo do PP. Acho que ele tem o direito de tentar, de fazer o seu jogo, de buscar se fortalecer. Isso é próprio da política.
Ciro Gomes? Bem, aí já é outra história. Acho que esse negócio pode até ser eficiente na pré-disputa — rende notícia que é uma barbaridade! Mas, insisto, eu o considero suicida para a disputa propriamente, ainda que sua pretensão fosse — e não estou dizendo que seja — liquidar com o PSDB paulista, emergindo como liderança nacional. A pergunta: liderança nacional do quê?
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