A minha crítica ao filme sobre a vida de Lula antes mesmo de ele ser feito. Sou assim: há coisas que detesto mesmo sem ver
Luiz Carlos Barreto vai filmar a vida de Lula. O texto que orienta o roteiro é o livro Lula: O Filho do Brasil, da jornalista Denise Paraná. Huuummm. Bom. Assim o culto à personalidade fica completo. O filme nem foi feito ainda, mas já posso antever aquelas frases cheias de simbolismo que tão bem caracterizam […]
Mulheres do povo são assim mesmo. As instruídas planejam o futuro dos filhos e os fazem estudar. As do povo, coitadas!, sem recursos, ficam tendo premonições… O povo, como sabem, tem essa vocação, como vou dizer?, telúrica. É assim como os selvagens em área onde haverá terremotos. Sentem antes a vibração no solo…
Pô, há filmes que a gente não precisa ver para detestar, não é? Sem contar que tenho algumas dúvidas: a Petrobras vai patrocinar? O Banco do Brasil também? Vão falar do mensalão, da cartilha fantasma, do dossiê fajuto? Vão contar a história da pensão permanente que Lula recebe como “perseguido” da ditadura militar? O mínimo que Barreto poderia fazer para que o filme fugisse do tom laudatório e não fosse fatalmente uma peça do puxa-saquismo explícito seria esperar ao menos que Lula saísse da vida para entrar na história. Por enquanto, ele só saiu da história para cair na vida…