Outro dia, um desses intelectuais de esquerda, gente bacana, que só quer o bem da humanidade e defende o socialismo com liberdade — vocês sabem, né? — foi entrevistado num programa de TV. Aí um coleguinha desses que fazem de tudo para encostar o entrevistado na parede (ui!) perguntou ao alternativo-chique-terceiro setor-terceiro sexo-terceiro milênio: “O […]
Por Reinaldo Azevedo
Atualizado em 31 jul 2020, 23h20 - Publicado em 11 ago 2006, 21h00
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Outro dia, um desses intelectuais de esquerda, gente bacana, que só quer o bem da humanidade e defende o socialismo com liberdade — vocês sabem, né? — foi entrevistado num programa de TV. Aí um coleguinha desses que fazem de tudo para encostar o entrevistado na parede (ui!) perguntou ao alternativo-chique-terceiro setor-terceiro sexo-terceiro milênio: “O que o deixa zangado?”. E ele, depois de uma fração de segundo, olhar profundo, como quem recontasse a história da humanidade de trás para a frente, mandou bala: “A injustiça!”. Imaginei o arrepio que aquilo não provocou em certas áreas da USP! É também o meu caso, mesmo defendendo a civilização ocidental, cristã, as Cruzadas e o imperialismo. Por que este nariz de cera? Bem, prefiro ouvir a mim mesmo a ouvir Aloizio Mercadante. Já que tenho de falar dele, então faço sempre uma digressão. Que é para vocês não fugirem para o Blog do Fernando Rodrigues. Mercadante reclamou hoje que a campanha estadual não está merecendo destaque na mídia. Ele está cansado de ficar falando mal do Serra sem que lhe dêem bola. Mas volto: a injustiça me deixa zangado. Vocês são testemunhas de que eu falo bastante sobre ele aqui. Cheguei a dedicar oito ou nove notas chamadas “Desconstruindo Mercadante”. Só parei porque os leitores diziam não agüentar mais e me pediram que me ocupasse de coisas e pessoas relevantes. Então, que ele saiba: entre as minhas esquisitices se conta, de vez em quando, falar sobre ele. Ainda que nesse estilo um tanto decoroso, quase literário. Também, convenham: ninguém é de ferro.
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