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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

A incrível tentativa de jogar o kit gay no colo de Serra e de igualar coisas desiguais. Ou: campanha eleitoral oblíqua

A Folha Online publica um texto de Mônica Bergamo cujo título é “Serra distribuiu material similar ao kit anti-homofobia do MEC em SP”; na homepage: “Serra distribuiu material similar ao ‘kit anti-homofobia’ do MEC em SP”. Estão tentando comparar coisas distintas. Falo disso daqui a pouco. Começo demonstrando que, do modo como está editada, a […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 07h38 - Publicado em 15 out 2012, 17h33

A Folha Online publica um texto de Mônica Bergamo cujo título é “Serra distribuiu material similar ao kit anti-homofobia do MEC em SP”; na homepage: “Serra distribuiu material similar ao ‘kit anti-homofobia’ do MEC em SP”. Estão tentando comparar coisas distintas. Falo disso daqui a pouco. Começo demonstrando que, do modo como está editada, a matéria é campanha eleitoral oblíqua em favor de Fernando Haddad. E demonstro por quê.

A Folha nunca escreveu coisas como “Haddad fez o kit gay”, “Haddad elaborou o kit gay” ou algo assim. Nunca personalizou o caso. Sempre se atribuiu o material ao Ministério da Educação, nunca ao então ministro. Também costuma chamar o kit gay de “kit anti-homofobia”. Agora, no esforço de igualar coisas desiguais, força a mão contra o tucano: “Serra distribuiu”; o material passa a ser chamado de… “kit gay”. É fabuloso. O material produzido pelo MEC para ser apresentado AOS ALUNOS nunca foi atribuído a Haddad pessoalmente; o material preparado pela Secretaria de Educação de São Paulo para os professores vira obra de Serra.

Segue trecho do texto da Folha. Volto em seguida.
*
O candidato a prefeito de São Paulo José Serra (PSDB) distribuiu para as escolas paulistas, em 2009, quando era governador, um material semelhante ao que o MEC (Ministério da Educação), na gestão de Fernando Haddad (PT), começava a elaborar para combater a homofobia nas escolas.

O guia do governo de SP é assinado por Serra, pelo então vice-governador Alberto Goldman e pelo então secretário estadual de Educação, Paulo Renato Souza. Até um dos vídeos recomendados aos professores pelo kit tucano, “Boneca na Mochila”, é igual a um dos que, na época da polêmica com o MEC, foram criticados pela bancada evangélica, que ameaçou abrir CPI contra o governo de Dilma Rousseff caso o material fosse divulgado.

O MEC negou que este vídeo estivesse entre os que estudava adotar e a presidente suspendeu o programa. Destinado aos professores, o guia tucano aconselha que eles mostrem aos alunos desenhos ou figuras de “duas garotas de mãos dadas, dois garotos de mãos dadas, uma garota e um garoto se beijando no rosto, dois homens se abraçando depois que um deles faz um gol e duas garotas se beijando”.
(…)
A Secretaria de Educação de SP disse ontem, em nota, que “não possui o kit anti-homofobia nem material assemelhado. Temas como violência, uso de drogas e combate à discriminação em todos os aspectos, inclusive sexual, são abordados em programas como o Prevenção também se Ensina e em outras atividades pedagógicas”. Hoje, o órgão enviou nova nota à Folha em que afirma que o material anti-homofobia foi enviado apenas a professores, ao contrário do que ocorreria com kit do MEC.

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O ministério, por sua vez, informa que os kits, caso fossem aprovados, iriam para 6.000 professores, e não para os estudantes.
(…)
Íntegra da nota da secretaria

“A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo esclarece que o material “Preconceito e discriminação no contexto escolar” é distribuído apenas para a equipe docente das escolas, diferentemente do kit sobre homofobia, que foi produzido pelo Ministério da Educação para ser apresentado diretamente aos alunos.

Além de seu público-alvo não ser os estudantes, seu conteúdo se baseia em propostas de abordagens mais sutis de situações a serem discutidas. O uso desse material pelos professores não é obrigatório. Trata-se de um suporte para lidar com assuntos sensíveis, podendo o educador, a seu critério e da equipe pedagógica, aproveitar esse material na medida do seu planejamento, com acompanhamento da coordenação escolar.

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Assessoria de Imprensa
Secretaria da Educação do Estado de São Paulo”

Voltei
O material distribuído pelo governo do estado AOS PROFESSORES — NÃO SE PRODUZIU NADA PARA OS ALUNOS — combate todas as formas de preconceito, inclusive os relacionados à sexualidade. NÃO, EU NÃO CONCORDO COM TUDO O QUE VAI LÁ, não (para ler a íntegra do material, clique aqui). Também ele é fruto de um tempo de coisas fora do lugar. O fato é que são coisas muito distintas. Querer igualar o que se produziu na Secretaria com o que se produziu no MEC é uma forma de fazer campanha eleitoral em favor de Haddad.

Reitero: o material preparado por Fernando Haddad fazia proselitismo. Afirma com clareza que a bissexualidade é mais vantajosa do que a homossexualidade e defende que travestis usem banheiros femininos nas escolas. OS FILMES SERIAM EXIBIDOS AOS ALUNOS!

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Estão tentando igualar o que é um material de ORIENTAÇÃO AO PROFESSOR COM FILMES QUE SERIAM EXIBIDOS EM SALA DE AULA.

Seguem os três vídeos que Haddad queria distribuir AOS ALUNOS!

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=D1Bkv70SEr8%5D

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