A imprensa já comprou a versão do terror
Leiam os sites brasileiros e, os que puderem, os jornais estrangeiros: em quase todos, encontra-se algo como: “Israel alega (sic) que a operação em Gaza busca resgatar o soldado seqüestrado etc, etc, etc”. Quando não é o verbo “alegar”, trata-se de um sinônimo. Ou seja: a versão do grupo terrorista Hamas já ganhou a consciência […]
Leiam os sites brasileiros e, os que puderem, os jornais estrangeiros: em quase todos, encontra-se algo como: “Israel alega (sic) que a operação em Gaza busca resgatar o soldado seqüestrado etc, etc, etc”. Quando não é o verbo “alegar”, trata-se de um sinônimo. Ou seja: a versão do grupo terrorista Hamas já ganhou a consciência da imprensa. A ação israelense seria, assim, um óbvio exagero ou mero pretexto. Afinal, a pauta do terrorismo é bem “razoável”: seqüestrou-se um soldado — ele não foi capturado numa guerra — e, em troca, o Hamas (os outros grupelhos não contam) pede nada menos do que a libertação de 1.500 presos!!! E não estão presos só porque são palestinos, conforme parece às vezes, mas porque estavam metidos em operações terroristas. Ismail Hanyia, o primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina, segue se comportando como Lula em relação a Bruno Maranhão, aquele senhor que liderou o quebra-quebra no Congresso: “Não tenho nada com isso”. É óbvio que esta é a nova modalidade da ação do Hamas: a sua facção, digamos, “legal”, fica no governo, enquanto o braço armado se dedica ao terror. Na hora da negociação, ele dá de ombros e se declara inocente. O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, está sendo empurrado para a reocupação de Gaza. Não está lhe sobrando outra alternativa. Tão asquerosa quanto o endosso branco ao terror é a opinião da turma do “nem-nem”. Ela diz, cheia de razão estúpida: “Ah, isso é ruim para todo mundo!” Não brinca! É, sim. Mas posso lhes assegurar que será pior para os palestinos. E daí? Os terroristas querem é martírio. Sua escatologia não sobrevive sem o sangue dos inocentes de ambos os lados.