A FAVELA, A “OCUPAÇÃO”, E POR QUE MARCOLA TEM DE PEDIR REFÚGIO PARA TARSO
E alguns tolos escrevem para cá defendendo o emprego da palavra “ocupação” para designar o policiamento ostensivo nas favelas… Ah, claro, claro. Moro perto do Pacaembu. No domingo, saí para caminhar. O Corinthians jogava. Notei que a PM havia OCUPADO o estádio, sabem? Lá dentro, milhares de poetas gritavam em uníssono alguns dos versos mais […]
Aqui tem um bando de loucos,
Loucos por ti Corinthians…
E a pior ocupação possível porque “preventiva”. E contra a NAÇÃO CORINTIANA. Onde já se viu? Outro dia, no show de Elton John, a PM OCUPAVA a Sala São Paulo. A PM, em matéria de ocupação, não distingue classes sociais… Santo Deus!
Mas vamos lá… Sendo “ocupação”, então estamos sustentando que a PM — representante de um ente que é o estado brasileiro — está cruzando a linha que separa a área onde ele tem jurisdição da área onde não tem.
Isso confere àqueles valentes do lado de lá — que, então, estão sendo atacados por uma força estrangeira e mais bem-armada — alguns direitos, não?, ao menos morais. Pô, estão na “resistência”.
Se os líderes desses estados estrangeiros incrustados no território brasileiro tivessem um mínimo de esperteza, fariam o quê? Ora, fugiriam para o Brasil legal e pediriam refúgio a Tarso Genro. Aliás, Marcola deveria tentar essa saída, que tal? Declara-se cidadão daquelas áreas que os politicamente corretos dizem não pertencer ao nosso país — daí que a polícia as OCUPE —, e pede proteção ao ministro da Justiça.
Marcola, a exemplo de Battisti, já concedeu inúmeros entrevistas sustentando que sua luta é política. E também cita Nietzsche e Platão. Talvez, no desespero, já tenha até se dedicado aos versos solitários de Tarso Genro…