Digital Completo: Assine a partir de R$ 9,90
Imagem Blog

Reinaldo Azevedo

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

A ESTUPIDEZ AINDA É A PIOR DROGA!

Um texto de 13.227 toques. Vocês encaram? O lobby mais forte que há hoje no Brasil é o da legalização das drogas. Quanto mais se evidencia a tragédia social — e individual — que elas representam, mais cresce a pressão em favor do liberou-geral. Não vou escrever — ficaria parecendo trocadilho — que se trata […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 5 jun 2024, 16h26 - Publicado em 22 mar 2010, 06h47

Um texto de 13.227 toques. Vocês encaram?

O lobby mais forte que há hoje no Brasil é o da legalização das drogas. Quanto mais se evidencia a tragédia social — e individual — que elas representam, mais cresce a pressão em favor do liberou-geral. Não vou escrever — ficaria parecendo trocadilho — que se trata de um delírio coletivo porque esse lobby é social e politicamente orientado, ainda que obedeça a várias orientações. O Estadão, ontem, foi longe em seu belíssimo jornal — uma reforma gráfica realmente competente. E, mais uma vez, ficou provado que se pode veicular muita bobagem numa bela embalagem. Refiro-me especificamente ao caderno Aliás, que trouxe uma entrevista com o professor Henrique Carneiro, velho conhecido deste blog — e ele não foi o único a despejar asneiras, como veremos. A questão de fundo, como não poderia deixar de ser, foram as mortes trágicas de Glauco, cartunista e dono de uma igreja ayahuasqueira, e de Raoni, seu filho.

Carneiro é apresentado assim pelo jornal:
Para Henrique Carneiro, professor de História da Universidade de São Paulo (USP) e fundador do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos (Neip), encontram-se no caso Glauco facetas distintas do fenômeno da droga. De um lado, seu uso ritualístico – recentemente autorizado no Brasil pelo governo federal. De outro, seu caráter compulsivo em uma sociedade marcada pelo consumismo.

Sentiram o cheiro da fumaça ideológica, não? Já deu para perceber que a “sociedade de consumo” — leia-se: o capitalismo — vai acabar emprestando as suas costas largas para as tragédias que decorrem do consumo de drogas. O primeiro truque intelectual vagabundo a que recorre Carneiro é diluir as drogas ilícitas no conjunto de outras substâncias, tirando o seu caráter particular. E aí entra tudo — até comida. Leiam isto:

Como entender os significados distintos que têm a droga no mundo de hoje?
Em primeiro lugar, há um fenômeno contemporâneo de exacerbação do uso não apenas de drogas. É bom destacar: em relação à alimentação, o processo é análogo. Há um mal-estar da cultura contemporânea ligado ao fenômeno da publicidade, à difusão consumista de uma série de produtos, que faz com que drogas, remédios, comida, tudo aquilo que o corpo ingere tenha uma faceta compulsiva. Outro fenômeno é a espiritualização, digamos assim, de um certo consumo de drogas a partir da influência de tradições religiosas indígenas ou ligadas a uma mística oriental – uma herança da contracultura no pós-guerra. Ambas se encontram no caso Glauco.

Perceberam? Na fórmula de Carneiro, não há grande diferença entre cheirar pó e comer biscoito Tostines, torturado por aquela peça publicitária de fato genial: “vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais?” Entendo. Conheço Carneiro de outros carnavais. Eu já o presenteei aqui com dois textos, um deles chamado “The clamour of the lambs”, em 8 de maio de 2007. No dia seguinte, escrevi outro: “Fui elegante, acreditem”. Lembram-se quando os Remelentos & Mafaldinhas invadiram a reitoria da USP? Um dos mais radicais, a defender com voz estridente “uma greve de toda a Educação de São Paulo”, em todos os níveis, era…The Lamb!!! Como se vê, é um rapaz que não se cansa de ter boas idéias.

O Sitema de Currículos Lattes informa que Carneio “desenvolve pesquisas em história da alimentação, das bebidas e das drogas”. Tô ligado. Na hipótese benigna, é uma Ofélia ou uma Palmirinha que mistura a erva daninha do marxismo no bolo de chocolate.

Em 1997, ele obteve o doutorado em História Social com uma tese cujo título é “Afrodisíacos e alucinógenos nos herbários modernos: a historia moral da botânica e da farmácia séculos XVI ao XVIII”. Não vejo a hora de não ler. Em 2003, num curso de extensão na Fefeléchi, ele deu duas aulas sob o seguinte tema: “Drogas: perspectivas em ciências humanas”. Perdi essa. Se você quiser mais intimidade com o pensamento profundo desse libertador, leia as seguintes obras de sua lavra:
– Pequena enciclopédia de história das drogas e bebidas. 1. ed. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2005. v. 01. 200 p.;
– Álcool e drogas na história do Brasil. São Paulo/Belo Horizonte: Alameda/Editora PUCMinas, 2005. v. 1. 310 p.;
– Amores e sonhos da flora. Afrodisíacos e alucinógenos na botânica e na farmácia. 1. ed. São Paulo: Xamã Editora, 2002. v. 1. 240 p.;
– A Igreja, a Medicina e o Amor. Prédicas moralistas da época moderna em Portugal e no Brasil. São Paulo: Xamã VM editora e Gráfica Ltda., 2000. v. 1. 144 p.;
– Filtros, Mezinhas e Triacas: as drogas no mundo moderno. 1. ed. São Paulo: Xama VM Editora e Grafica Ltda., 1994. v. 1. 210 p.

O caderno Aliás precisava de um especialista em droga. É carneiro!

Continua após a publicidade

É claaaro que eu não li. Se tivesse tempo pra isso, iria conhecer a Jamaica ou o Afeganistão. Antes da obra de Carneiro, há muita coisa na fila. Vai sobrar livro para a vida que ainda terei. Infelizmente. A má notícia para todo mundo é que isso não vale só pra mim.

Uma das poucas coisas boas de envelhecer é a experiência, né? A memória. Carneiro foi meu contemporâneo na USP. Dona Reinalda estudou com ele na Faculdade de História. Até fizeram trabalho juntos. Ele já era, na década de 80, um, como vou dizer?, militante maduro da Convergência Socialista. Hoje, é uma das referências do PSTU. É do tipo que, “contra burguês, vota 16”. Aqui vocês encontram artigos dele no site do partido. Num deles, sustentava que a greve da USP de 1977 era “um novo Maio de 68 francês”. Eis o intelectual rigoroso que o Aliás encontrou para tratar de assunto tão delicado.

Carneiro era bastante conhecido desde aqueles tempos. Andava com um paletozinho xadrez, sempre o mesmo, dia após dia, eternidade afora, a eternidade da Fefélechi. Com o tempo, as riscas iam sumindo, tornando-se apenas presumidas, sob uma camada de matéria parda e indefinida. Se eu quisesse ser mau com ele, o que não sou, diria que foi estudar comidas e outras mumunhas porque não teria como contar a história social do sabão. Os tontos vão logo dizer: “Olhem como ele ataca a pessoa”!!! Não!!! Já ouviram falar de metonímia? E de metáfora? Tomo o paletozinho, a parte, como um símbolo que carrega o sentido do todo: AS IDÉIAS VELHAS, MORTAS, PUÍDAS DE CERTA ACADEMIA. E podem ficar tranqüilos que vai sobrar para FHC também.

Mais entrevista
Carneiro, que fala com a autoridade um professor, não tem coragem — porque isso corresponderia a contrariar o seu público — que é uma IRRESPONSABILIDADE ESTÚPIDA os ayahuasqueiros sustentarem que o daime pode livrar alguém das drogas. Ao contrário, ele dá curso à fantasia. Leiam isto:
Desde o início, a igreja do Glauco tinha sensibilidade para isso. Ele foi iniciado no daime pelo irmão do Frei Betto (o psicólogo mineiro Léo Christo), que fazia um trabalho assistencial com o daime para a população de rua. Há relatos de pessoas que deixaram de beber ou se drogar pelo uso ritual do daime.

Há relatos de pessoas que foram curadas do câncer nessas seitas eletrônicas de pastores que lêem a Bíblia com a conta bancária — é a “Teologia da Prosperidade do Dono da Igreja”. A família Christo, como se nota, sempre inovando: um inventa um Pai Nosso em que Santa Tereza Dávila transa com Che Guevara; outro leva o daime das florestas do Acre para os moradores de rua…

Continua após a publicidade

Um dos truques mais intelectualmente vigaristas de quem defende a legalização das drogas é chamar tudo de “droga” — até comida. Para eles, tanto faz se o Prozac nasce depois de décadas de pesquisa. Não teria diferença do daime. Leiam isto:
O número de farmácias no Brasil é superior ao recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde). O segundo medicamento mais vendido no País (o número 1 é o contraceptivo Microvlar) é o Rivotril, um benzodiazepínico que só pode ser consumido de forma criteriosa. Alguém perguntou se o rapaz estava sob efeito ou carência de medicação controlada?

Exame toxicológico — e ele também confessou — provou que Cadu, o assassino de Glauco, havia fumado maconha. Seu histórico com as drogas é antigo. A própria família já havia pedido que não se ministrasse o daime ao rapaz. A prova de que Glauco — E ISSO NÃO O TORNA RESPONSÁVEL PELA PRÓPRIA MORTE E PELA DO FIILHO; O ASSASSINO É CADU — o considerava apto a consumi-la é que o rapaz era um “fardado”. Os “fardados” são “autorizados” a beber o tal chá. Se bem que, hoje em dia, há a consumo recreativo do dito-cujo, como todo mundo sabe. Mas Carneiro acha tudo muito criterioso:
As religiões ayahuasqueiras em geral fazem um processo de seleção, perguntam se a pessoa toma remédios controlados ou é suscetível a alguma perturbação psicótica – casos em que, obviamente, não é recomendado o consumo do santo-daime.

É claro que é inútil lembrar a gente como Carneiro que as drogas lícitas, incluindo os remédios, são compradas em estabelecimentos legais e que não há uma cultura do crime a elas associada. E ISSO SIGNIFICA DIZER QUE AQUELES QUE OPTAM PELO CONSUMO DE SUBSTÂNCIAS ILEGAIS ESTÃO FAZENDO, DE SAÍDA, UMA ESCOLHA: RELACIONAR-SE COM O MUNDO DO CRIME. A ISSO SE CHAMA RESPONSABILIDADE INDIVIDUAL, QUE É A ÚLTIMA COISA DE QUE ESSA GENTE QUER OUVIR FALAR. Por isso eles culpam o consumismo e, acreditem, o “neoliberalismo”.

Sim, num artigo publicado ao lado da entrevista de Carneiro, um certo Joel Birman acredita que a “voragem neoliberal empurra para as drogas”. Como sabemos, aonde o neoliberalismo não chegou, essa questão não é tão grave!!! O DIABO NÃO É ESSA GENTE PENSAR ESSAS PORCARIAS, MAS ESCREVÊ-LAS NUM JORNAL RESPEITÁVEL.

Não se é um Henrique Carneiro na vida sem dar um pé no traseiro da lógica. Ao defender a legalização de todas as drogas, ele é capaz de dizer enormidades como esta:
Creio que o modelo de controle do álcool e tabaco poderia ser, em forma mais severa, o mesmo para as demais substâncias psicoativas. Cada uma, é claro, com normas específicas. Maconha, cujo risco é menor, poderia ter uma forma mais branda, com permissão de uso privado e autoplantio. Outras só seriam vendidas com registro e autorização para o comprador, como ocorre com alguns remédios controlados.

Todos têm as suas utopias, não?, seus sonhos meio malucos — de cara limpa (como é o caso deste escriba). O meu é haver uma força superior (nem precisava ser Deus) que fulminasse com um raio os idiotas incapazes de pensar logicamente. Henrique é “carneiro”, o que prova que nome não é destino. Poderia ser anta:
1 – se o modelo será mais ou menos o mesmo do álcool e do tabaco, o que vai acontecer é que o consumo de maconha, cocaína etc — cujos preços tendem a cair — podem crescer ao nível do consumo dessas drogas;
2 – se, hoje, o sujeito pode pegar o carro e ter um papelote de cocaína em coisa de 15 minutos ou até mandar entregar em casa, por que ele se submeteria a um controle estatal, deixando-se, de algum modo, “fichar” como um doente? O tráfico continuaria do mesmo modo;
3 – se o próprio Carneiro admite que há um uso desmesurado de Rivotril, por que seria diferente com as drogas hoje consideradas ilícitas? A diferença é que não se conhecem casos de pessoas que mataram ou praticaram outros crimes sob o efeito desse remédio. Até hoje, o máximo de desastre coletivo provocado por um remédio foi o Hino Nacional da Vanuza…
4 – É evidente que o tráfico não se extinguiria se houvesse controle estatal. Legalização é legalização. Ponto final! Se querem exterminar o tráfico, as drogas — qualquer droga — terão de ser vendidas na esquina mais próxima. Fim de papo. E haverá uma explosão de consumo, o que é certo como a luz do dia.

Como a delinqüência intelectual não tem limites e, hoje em dia, basta ostentar um título para se falar qualquer barbaridade em jornal ou televisão, Carneiro não se intimida:
A cultura islâmica condena violentamente o álcool, mas tolera derivados de cannabis. Já para nós o vinho é o sangue de Cristo. É preciso equalizar esses três circuitos: todas as drogas tinham de ser legalizadas e submetidas a controle mais severo.

Cuidado com a fatwa, Zé Mané! Quais são os “derivados de cannabis” tolerados pela “cultura islâmica”? No Afeganistão, há tráfico de ópio, mas não consta que o “Islã” tolere a coisa. Quanto ao vinho, se não for ignorância pura e simples, é má fé. O vinho é “sangue de Cristo para nós” quem, cara pálida? O vinho da Eucaristia é um simbolismo, e os fiéis não são estimulados a bebê-lo durante os cultos católicos para ter “mirações” ou coisa do gênero. A comparação é de uma imbecilidade acachapante.

Continua após a publicidade

Carneiro, o amigo do PSTU,  evoca Fernando Henrique Cardoso para evidenciar que o debate sobre as drogas está mudando e que o mundo reconhece que a política de pressão é um erro etc. Bem, na sua cruzada infeliz — E DESINFORMADA —, FHC acabaria mesmo tendo parceiros como esse…

Digam-me quantos são os mortos do Prozac, do Rivotril, do Zyban, do Donarem, do Stilnox ou dos biscoitos Tostines. Mas todos sabemos os milhares de mortos no Brasil e no mundo por causa das drogas. A proposta de legalizar o consumo — e teria de ser de todas as drogas — no momento em que o crack se espalha como um flagelo é de uma irresponsabilidade assustadora.

NÃO É PORQUE AS POLÍTICAS DE COMBATE AO TRÁFICO NÃO CONSEGUEM ACABAR COM AS DROGAS QUE A SOLUÇÃO ESTÁ NA LEGALIZAÇÃO. Não é porque uma determinada coisa não tem eficácia absoluta que se deve tentar, então, o seu contrário. Isso é puro pensamento mágico. A tese que FHC vem brandindo por aí ainda padece de laivos de, arriscaria dizer, pensamento antiimperialista… Em todos nós subsiste um pouco de atraso. Nele também.

Culpa do neoliberalismo
Ao lado da entrevista de Carneiro, como afirmei, está um certo Joel Birman, piscanalista e professor titular de psicologia da UFRJ. Leiam isto:

Não resta dúvida de que o uso de drogas se dissemina na juventude brasileira. Para lidar com isso, contudo, é preciso considerar suas condições sociais e simbólicas. Diferentemente dos anos 60, ela hoje entra mais tarde no mercado de trabalho. Tal qual a população que tem entre 50 e 60 anos, é a faixa etária mais atingida pela voragem da economia neoliberal. Estende sua condição juvenil, porém o não reconhecimento simbólico a empurra para a violência e mesmo delinquência, temperadas ou não com o uso ostensivo de drogas. Se essa problemática social sempre marcou as classes populares no Brasil, na atualidade ela se inscreve também na classe média e na das elites, forjando para essas outros destinos trágicos.

Antes, Joel já havia criticado a “mídia”. Na mesma página, Sabina Anzuategui descasca o Big Brother Brasil, o merchandising e uma certa bebida “Ice” consumida pelos confinados. Não sei do que se trata porque não vejo. No texto de Sabina, universalmente conhecida pelo livro Calcinha no Varal, droga mesmo é a televisão, o Big Brother e essas coisas da sociedade de consumo…

Assim vamos nós… Este é o suplemento feito “para pensar” do jornal que alguns insistem em chamar ainda hoje de “conservador”… Nem mesmo aquele “outro-ladismo” de que nossa imprensa tanto se orgulha está presente. Nada! Aprendemos que maconha, heroína, biscoito, cigarro ou chá de cipó, tudo é a mesma coisa. Quer dizer, o pessoal do chá, nas palavras de Carneiro, é mais cuidadoso. Aprendemos que as drogas são um problema da sociedade de consumo e do neoliberalismo. Aprendemos que a mídia não ajuda, só atrapalha. E aprendemos que droga mesmo é o Big Brother.

Como não se pode ter um problema sem solução, é evidente que a questão da droga se resolve com:
– legalização de todas as substâncias:
– censura à imprensa — para aprender a noticiar as coisas direito;
– fim da sociedade de consumo e da publicidade:
– fim do capitalismo e…
… estatização da Rede Globo!!!

ALIÁS, nessa perspectiva, a solução do problema, segundo os especialistas ouvidos pelo Estadão, também compreende o fim do Estadão! Ou aquela publicidade toda no jornal não incentiva a sociedade do consumo, o capitalismo e, pois, as drogas, hein!?!?!?

Essa gente que come grama quer que a gente coma o Granma. E se limpe com ele depois. Na maior viagem, cara!!!

Querem saber? Houve um tempo em que o marxismo era a única droga dos intelectuais. Agora eles resolveram misturar aquela substância moralmente tóxica com as drogas propriamente ditas. Antes, só se ajoelhavam no altar de Marx.

Talvez o Brasil se torne o primeiro país a cheirá-lo, bebê-lo e fumá-lo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 9,90/mês*
OFERTA RELÂMPAGO

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.