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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

A ENTREVISTA NO PROGRAMA DO JÔ

Clicando na imagem acima, vocês podem assistir à entrevista que concedi ontem à noite a Jô Soares. Creio que falte coisa de um minuto, o encerramento mesmo. Já recebi, desde ontem, centenas de comentários a respeito, com elogios a Jô e a mim, com críticas a ambos, com apreciações sobre o entrevistado que me precedeu, […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 18h38 - Publicado em 6 nov 2008, 20h14
Clicando na imagem acima, vocês podem assistir à entrevista que concedi ontem à noite a Jô Soares. Creio que falte coisa de um minuto, o encerramento mesmo. Já recebi, desde ontem, centenas de comentários a respeito, com elogios a Jô e a mim, com críticas a ambos, com apreciações sobre o entrevistado que me precedeu, Tom Zé etc. Publiquei muitos e deixei de publicar outros tantos, especialmente quando carregados de ofensas ao entrevistado e ao entrevistador — e elas vieram de petralhas e não-petralhas.

Mas houve também um tipo de abordagem meio rancorosa, ainda que não ofensiva, que preferi deixar de lado. Explico: eu estava num programa de entrevistas, voltado para um público mais amplo do que aquele só interessado em política. Ora, procuro ser verdadeiro em tudo o que faço, e não foi diferente ontem. Falei o que achei conveniente, sem qualquer restrição ou censura imposta por Jô Soares, mas tinha claro que não estava numa palestra ou numa conversa como as que tenho nos eventos ligados ao meu livro. Talvez houvesse aqueles à espera de que eu usasse a entrevista para dar início à Marcha Sobre Brasília. Devagar com o andor! Faço análise política; não sou membro de um partido. Se um dia decidir isso, assim me apresentarei.

Não tenho receio de confrontos intelectuais, ao vivo ou por escrito. Muitos sabem disso do tempo em que eu era convidado para o Roda Viva, da TV Cultura. Numa entrevista como a de ontem, a despeito de divergências — e era evidente que Jô e eu as tínhamos; uma delas, sobre as eleições americanas, ficou clara —, é preciso escolher o espaço que permita o exercício civilizado das diferenças. A meu juízo, foi o que se deu. E Jô foi extremamente gentil comigo. Concordamos em discordar. Vamos dizer que aquele é o “blog” dele, com milhões de espectadores. E fui bem tratado na sua casa. Este é o meu blog, onde ele merece tratamento idêntico. E isso não se confunde com omitir as diferenças. Ao contrário: num ambiente mediado por uma ética, as divergências podem ser expostas mais claramente. Como escreveu Ricardo Reis (Fernando Pessoa):

“Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive”

Foi o que procurei fazer num programa de entrevistas, que tinha uma inteireza e uma unidade que eu não podia ignorar, precedido que fui de Tom Zé. Quanto ao tom amistoso da conversa — que alguns censuraram, acreditem —, fazer o quê? Sou uma pessoa bem-humorada, quase sempre feliz. E isso transparece nos meus textos, nos meus livros. Não aspiro à gravidade dos santos nem dos profetas. Quem ainda não entendeu um tanto de galhofa (casada com alguma melancolia) no que escrevo não me entendeu direito. Acho que a entrevista ajudou a aproximar muita gente do livro O País dos Petralhas. E eu o fiz para que fosse lido. E ele está sendo lido. O resto fica por conta da indeterminação do presente, que é o ambiente onde realmente transita o meu pensamento.

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