Continua após publicidade
Emilinha, a preferida da Marinha
Como é mesmo? Emilinha Borba era a preferida da Marinha. Lula tenta ser a Emilinha do Exército, mas os soldados não parecem assim muito dispostos. Vivendo o seu dia de vivandeira, de “braços dados cos sordado”, participou de solenidade do Comando Militar Sudeste, na base de Barueri. Segundo ele, há 10 mil homens prontos para atuar no combate ao crime em São Paulo. Dez mil? Corresponde a 10% da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Se o PCC quiser, os ataques terroristas continuam porque um aumento de 10% do efetivo não teria como monitorar os 5.600 municípios brasileiros. Lula está fazendo proselitismo. O Exército precisa ocupar, sim, com a concordância dos governadores dos respectivos Estados, morros do Rio e áreas da periferia de São Paulo que são territórios do narcotráfico. É preciso libertar os civis dos campos de concentração. Mas isso ele não quer. Aliás, os comandantes militares também não. Está todo mundo interessado em fazer parada na avenida Paulista e posar para fotos. Márcio Thomaz Bastos, com seu nariz de Cyrano de Bergerac, deveria desfilar em carro aberto e ler um poema em homenagem à soldadesca varonil. Há momentos do dia em que ler ou ouvir essa gente requer um Dramin. Na solenidade, Lula afirmou: “As pessoas estão percebendo que a gravidade exige que sejamos companheiros, que sejamos parceiros, para que a gente possa encontrar uma solução”. Sermos “companheiros”? Como assim? Sai pra lá! Queria dizer que não há espaço para disputas partidárias. Mimoso! Ele não precisa fazer proselitismo. Deixa isso por conta de Aloizio Mercadante. Este, sim, está doidinho para posar ao lado de um tanque ou de um jipe militar. Se duvidar, veste até uma farda. Sabe como é, bate um banzo de vez em quando… O presidente e o governador Cláudio Lembo se reuniram para debater a situação. Cyrano, Waldir Pires (Defesa), Elizeu Éclair, comandante da PM em São Paulo, e o general Francisco de Albuquerque. comandante do Exército, participaram. Pires entende tudo de Defesa. Era quem dava os pareceres sobre a constitucionalidade das reformas de base de João Goulart, conduzidas com a habilidade conhecida… Com Darcy Ribeiro, resistiu ao golpe no Palácio, a pedido de Jango, que já estava dando no pé. E ainda enviou uma Carta ao Congresso para tentar impedir a declaração de vacância do cargo. Um herói, sem dúvida. Com um senso de realidade espantoso… Outro Dramin.