A começão da ética pública
A ministra Erenice Guerra encaminhou um ofício à Comissão de Ética Pública pedindo para ser investigada e botando seus sigilos e os do filho Israel à disposição. Entendo. Essa “comissão” não tem poder nenhum. Ninguém sabe para que serve. Ela foi tornada célebre por José Dirceu, apontado pela Procuradoria Geral da República como “chefe da […]

A ministra Erenice Guerra encaminhou um ofício à Comissão de Ética Pública pedindo para ser investigada e botando seus sigilos e os do filho Israel à disposição. Entendo. Essa “comissão” não tem poder nenhum. Ninguém sabe para que serve. Ela foi tornada célebre por José Dirceu, apontado pela Procuradoria Geral da República como “chefe da quadrilha do mensalão”. No discurso que fez na Câmara dos Deputados antes da sessão que votou a sua cassação, o “Zé” se defendeu afirmando: “Nunca recebi sequer uma advertência da Comissão de Ética Pública ou da Controladoria-Geral da União.” A comissão à qual Erenice se submete é aquela que nunca nem sequer advertiu José Dirceu, entenderam? Vejam o ofício. Volto em seguida.
Voltei
Eu sou da Comissão de Lógica Pública. A coisa toda é muito simples:
1 – O filho de Erenice faz aquele trabalho de “intermediação”? Faz! Então Erenice tem de ser demitida ou de se demitir.
2 – O filho abriu uma “empresa” de arapongagem usando laranja, com conhecimento da mãe, que depois virou ministra? Sim. Então Erenice tem de ser demitida ou de se demitir, já que uma das funções da Casa Civil, imaginem vocês, é zelar pela constitucionalidade dos atos oficiais.
3 – A ministra é irmã da irmã que deu parecer à contratação do escritório do irmão numa empresa pública, sem licitação (pareceu confuso?)? Sim. Então Erenice tem de ser demitida ou de se demitir.
Só uma pergunta: o “Ronaldinho” de Erenice não consegue emprego na iniciativa privada, longe do serviço público, onde a mãe dá as cartas?