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Proibido pela Justiça Eleitoral de fazer chicana com o que o adversário tucano não disse, a propaganda de Aloizio Mercadante deu uma murchada. Restou-lhe colar, de novo, no presidente Lula, que, enquanto candidato, pediu a quem vota nele em São Paulo que também vote no senador. Depois Mercadante fez o elenco de suas propostas para as saúde. Quem conhece a área sabe disso: prometeu um monte de coisa que já está em curso. E arrumou uma “história humana” para contar. Quando ele não pode ser doloso, sua campanha fica de pé quebrado. Houve um flash de um comício. Era o de Osasco. Aquele promovido pelo mensaleiro João Paulo Cunha. Serra deu seqüência à linha propositiva, falando de educação, com destaque para as duas professoras no primeiro ano do ensino fundamental, programa que implementou na capital. Para quem está na frente e vence no primeiro turno — à diferença de Geraldo Alckmin —, é a opção correta. E, ainda assim, há um apresentador que faz uma crítica indireta, mas clara, aos programas de Mercadante e Quércia. Reitero: é preciso ir monitorando o efeito da campanha negativa que os dois promovem. Quem lidera não entra em bate-boca. Quem ainda não tem altura precisa chutar a canela. Simples e óbvio. Quércia, coligado com o PP, está disposto a ganhar o eleitorado malufista com um discurso duro sobre segurança, dando murrinhos na mesa e fazendo cara de malvado, de bravo, de sério. Talvez atraia mais indecisos do que Mercadante. De todo modo, uma coisa é óbvia: os dois se uniram num pacto branco contra Serra.