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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

A cascata do xeque líbio

Sejamos esperançosos, mas realistas. A Folha de hoje (ver posts abaixo) publica uma entrevista  com o xeque Ghait Elfakhry, um dos principais líderes religiosos de Bengazi, a cidade que primeiro se rebelou contra o tirano Muamar Kadafi. Afirmei que ela contém uma mentira essencial. Segundo Elfakhry, o Islã é compatível com a democracia, e movimentos […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 12h41 - Publicado em 28 fev 2011, 15h47

Sejamos esperançosos, mas realistas. A Folha de hoje (ver posts abaixo) publica uma entrevista  com o xeque Ghait Elfakhry, um dos principais líderes religiosos de Bengazi, a cidade que primeiro se rebelou contra o tirano Muamar Kadafi. Afirmei que ela contém uma mentira essencial.

Segundo Elfakhry, o Islã é compatível com a democracia, e movimentos extremistas como a Al Qaeda surgiram como reação às ditadura. Bem, a compatibilidade dá para discutir. O resto é mentira. A Al Qaeda convive muito bem com a tirania, desde que seja religiosa. E também convém culpar os inimigos da Al  Qaeda por sua existência…

Quanto à compatibilidade do Islã com a democracia, aí, como diz Didi Mocó, “vareia”. A Turquia é um pais islâmico, e lá vigora um regime democrático. Mas o governo não é teocrático. É aquele Islã que os grupos fundamentalistas querem ver triunfar no Egito, na Tunísia, no Iêmen ou na Turquia? Vamos ver.

Tomadas pela literalidade de seus textos, sem qualquer aggiornamento, nenhuma das grandes religiões conviveria harmoniosamente com a democracia. O problema é que o Islã foi seqüestrado pelo fundamentalismo, que se esforça para ser a sua feição no mundo. Enquanto o Judaísmo e o Cristianismo lutam para viver no século 21, o Islã tenta dar um cavalo-de-pau na história para tentar viver no século 12.

A VEJA publica nesta semana uma seleção de frases do xeque Yusuf Al Qaradawi, o principal líder da Irmandade Muçulmana no Egito, que reproduzi num post de ontem. Relembro três:

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“Depois da libertação do Iraque, faltará conquistar Roma. Isso significa que  o Islã vai retornar à Europa pela terceira vez. Vamos conquistar a Europa. Vamos conquistar a América”.
(Discurso a jovens muçulmanos feito em Toledo, nos EUA, em 1995)

“Foi com enorme pesar que ouvi o grande imã de Meca dizer que é proibido matar civis mesmo em Israel”
(Debate sobre ataques suicidas promovido pela revista Middle East Quarterly, em 2003)

“Pode até haver algumas mulheres que não concordem em apanhar do marido e vejam a punição como humilhação. Muitas mulheres, porém, gostam de apanhar e consideram adequado que o marido bata nelas apenas para fazê-las sofrer”.
(Artigo escrito em 2007 para o site IslamOnline.net)

Encerro
Não me parece que ele esteja interessado em demonstrar que a democracia é compatível com o Islã.

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