As informações nos dois posts abaixo não deixam a menor dúvida. O governo federal, que nunca esteve submetido à Lei de Responsabilidade Fiscal, começa, sob Lula, a estimular o mau exemplo também junto às Prefeituras. Uma das maiores conquistas institucionais dos últimos anos sofre, assim, um abalo sério. Até porque as Prefeituras que tiveram dívidas renegociadas em 2005 também serão atendidas pela facilidade.
Muitos poderiam perguntar: “E por que a oposição não põe a boca no trombone?” É? Para ser acusada de ser favorável à quebra das Prefeituras? De ser insensível à crise? De tentar provocar a quebradeira nos municípios? De estimular o desemprego? Crise? Todos os absolutos se tornam relativos — e há muito pouco a fazer.
Do mesmo modo, as instâncias encarregadas de manter, vamos dizer, a vigilância das instâncias que tornam funcional o regime legal e democrático também baixam a guarda, e isso inclui amplos setores da imprensa. “Ah, a crise está aí; tudo, então, é possível”.
Já estamos em 2010. Isso é campanha eleitoral. Só falta agora o aplauso apoteótico a Dilma Rousseff. Virá.