Witzel vai ao STF para suspender comissão de impeachment
Governador do Rio argumenta que Alerj descumpriu decisão da Corte no caso Dilma sobre a necessidade de eleições para a comissão especial
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), resolveu partir para a guerra e foi ao Supremo Tribunal Federal para suspender a comissão que analisa seu processo de impeachment na Assembleia Legislativa do Rio. A decisão ficará a cargo do ministro Dias Toffoli, responsável pelo plantão da Corte.
O pedido foi apresentado ao Supremo na noite desta terça-feira pelos advogados que fazem a defesa do governador na Alerj, Ana Basílio, Manoel Peixinho e Roberto Podval e pela advogada Maria Claudia Bucchianeri.
No pedido, Witzel alega desrespeito à decisão do STF no caso de Dilma Rousseff sobre a necessidade de eleições para a comissão especial do impeachment e de proporcionalidade na composição do grupo de deputados.
O pedido feito ao Supremo acontece às vésperas do encerramento do prazo para o governador apresentar sua defesa à comissão da Assembleia, previsto para terminar na próxima quarta-feira.
Na semana passada, o Tribunal de Justiça do Rio negou um mandado de segurança da defesa de Wizel para parar o processo de impeachment.
Em maio, o governador do Rio de Janeiro foi alvo de uma operação da Polícia Federal, autorizada pelo STJ, por suspeitas de corrupção em contratos relacionados à Covid-19. Estas suspeitas também são o motivo do processo de impeachment. Witzel diz que é inocente.