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Vitória de Lula impacta luta pelo socialismo em todo mundo, diz PT

Após se reunir com presidente eleito, diretório nacional manifestou o papel do partido no novo governo

Por Ramiro Brites Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 dez 2022, 16h37 - Publicado em 8 dez 2022, 16h35

O diretório nacional do Partido dos Trabalhadores se reuniu nesta quinta e aprovou uma carta em que declara a política do partido diante do novo governo Lula. A reunião foi a primeira do PT após as eleições e contou com a presença do presidente eleito. 

A carta expõe a avaliação do pleito pelo partido, que considera a vitória de Lula e Alckmin um fator de impacto no desenvolvimento das “liberdades democráticas e socialismo” a nível global. 

“A discussão em torno da natureza e do significado histórico da vitória da chapa Lula-Alckmin não é pauta apenas no Brasil, atingindo e impactando as múltiplas lutas por desenvolvimento com justiça social, transição ecológica, soberania, liberdades democráticas e socialismo em todo o mundo”, diz a declaração. 

O partido ainda fala sobre o “Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil”, que necessita do fortalecimento do PT em todo o país e agir junto a movimentos sociais e centrais sindicais. Ao fim, a carta convoca a militância e sugere uma grande mobilização para o dia da posse de Lula. 

Leia a declaração política na íntegra: 

A vitória eleitoral do presidente Lula no dia 30 de outubro de 2022 é um dos mais importantes capítulos da história de lutas por liberdades democráticas, soberania nacional e justiça social que o povo brasileiro já travou em nosso país. Lula subirá a rampa do Palácio do Planalto carregado pela força do povo que lhe concedeu a maior votação de um presidente na história.

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O Partido dos Trabalhadores agradece a confiança depositada pela maioria da população brasileira que nos deu a quinta vitória presidencial em pouco mais de 42 anos de existência. Reafirmamos o compromisso de implementar, juntamente com Lula, o programa democrático-popular eleito por mais de 60 milhões de brasileiros e brasileiras.

A jornada de luta foi, no entanto, mais longa do que o período eleitoral propriamente dito. Nela se acrescentaram os combates travados pelo conjunto dos movimentos populares no Brasil desde, pelo menos, a luta contra o golpe de 2016. As lutas que ali tivemos foram decisivas, acumularam e unificaram forças para os combates seguintes. E ainda que por vezes tratadas como se estivessem isoladas ou até perdidas, levaram adiante a justeza de nossas causas e a força de nossas ideias, como é o caso da intensa jornada pela libertação e inocência de Lula através da Vigília em Curitiba e a Campanha Nacional e Internacional Lula Livre.

Cumpriu um papel destacado nesta luta o próprio Lula, que teve na resistência popular e na sua história de vida as forças necessárias para enfrentar as adversidades, sempre afirmando que mais cedo ou mais tarde voltaria para liderar a luta pela reconstrução e transformação do Brasil. Saudamos, em especial, milhões de militantes e simpatizantes anônimos de nosso partido que sustentaram nossas bandeiras neste período tão difícil. Enfrentaram o ódio muitas vezes com a própria vida e mostraram ao Brasil que nenhuma violência, jamais, impedirá a vitória do povo.

As eleições de 2022 mostraram que ninguém é capaz de dominar a vocação que maioria expressiva do povo brasileiro mostrou ter em ser sujeito de sua própria história, bem como da defesa e luta por democracia no Brasil. A partir desta missão histórica é que construímos uma ampla unidade das forças de esquerda, combinada com a composição de um campo político-social nunca antes visto, e que articulou diversas outras forças democráticas existentes em nossa sociedade.

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A discussão em torno da natureza e do significado histórico da vitória da chapa Lula-Alckmin não é pauta apenas no Brasil, atingindo e impactando as múltiplas lutas por desenvolvimento com justiça social, transição ecológica, soberania, liberdades democráticas e socialismo em todo o mundo. Os impactos desta expressiva modificação da conjuntura brasileira já puderam ser vistos na 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas antes mesmo da posse presidencial e se estenderão para a próxima quadra da história.

Para o PT, portanto, é crucial dar início à caracterização desta vitória a partir do que é principal em sua constituição sem, contudo, ter a pretensão, no calor dos acontecimentos, de abarcar todas as dimensões de uma modificação do quadro político brasileiro desta monta. Entendemos, no entanto, que Lula foi a expressão eleitoral de um projeto que representou política, cultural e socialmente as classes trabalhadoras brasileiras achacadas pela fome, desemprego, desalento, violência, negacionismo científico e colapso sanitário destes quatro anos de governo Bolsonaro.

A natureza de nossa candidatura deu condução política para enfrentarmos o pleito eleitoral apresentando saídas para os problemas que afligem o cotidiano das famílias brasileiras atingidas pela alta do preço dos alimentos e dos combustíveis, pela taxa de desemprego beirando os 9% da população, com cerca de 40% de empregos informais, e pelo recorde de 62,5% de brasileiros e brasileiras em situação de pobreza. Conquistamos o voto da maioria do povo brasileiro porque assentamos nossa candidatura a serviço dos interesses desta maioria que mais uma vez, a despeito da vontade das elites, mostrou ter expressiva capacidade de luta para a reconstrução e transformação de um Brasil de todos e todas.

Lula soube conduzir este bloco integrando aliados importantes e aproximando segmentos inéditos à nossa campanha de modo a conseguir enfrentar os desmandos do uso indevido da máquina pública como nunca se viu, do aparelhamento de setores armados do Estado, compra de votos e brutal pressão patronal junto aos trabalhadores, além da presença contínua de mentiras e fake-news durante todo o período eleitoral.

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O PT mostrou ser, mais uma vez, um partido orientado à defesa e à ampliação da democracia brasileira. Diante do autoritarismo e do aparelhamento de setores armados do Estado, apostamos na mobilização e soberania popular, e, por meio do voto, impusemos uma significativa derrota à coalizão do ódio, da violência e do ataque à vida.

Abre-se um novo tempo para o povo brasileiro, em toda a sua diversidade e pluralidade, construir seu caminho para o desenvolvimento, para a liberdade, para o bem-estar e para a soberania nacional, superando uma vez mais o amargo receituário neoliberal aplicado nos últimos anos e novamente derrotado nas urnas. Emerge um governo que cuidará, a partir da participação social e do aprofundamento da democracia, das classes trabalhadoras, das periferias, das mulheres, das negras e dos negros, das juventudes, dos povos originários e da população LGBTQIA+. Um governo que cuide do povo, nos moldes do que Lula disse e fez em seus dois governos.

No plano internacional retoma-se a oportunidade de ter na integração latino-americana, na participação nos BRICS e na cooperação com a África pilares fundamentais de uma política externa reconhecida como altiva e ativa. Os povos voltam a ter no Brasil um país amigo e aliado.

Os desafios que agora se impõem não são menos complexos. Além dos esforços em contribuir com a futura equipe de governo do Presidente Lula e na construção de governabilidade no parlamento, o PT intensificará a mobilização e a organização do povo brasileiro em torno do Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil. Será essencial para enfrentar essa conjuntura complexa o fortalecimento da organização partidária, assegurando sua presença em todo o país, em seus diversos territórios, superando os desafios da comunicação e da formação política. Não menos importante é a continuidade da ação conjunta com os movimentos sociais e populares bem como o fórum das centrais sindicais, através das frentes construídas ao longo do processo da luta de resistência dos últimos anos, como, em particular, tem sido a iniciativa dos Comitês Populares de Luta.

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Neste momento o Partido dos Trabalhadores convoca toda a sua militância e o conjunto dos movimentos populares à realização de caravanas, campanhas de arrecadação financeira e iniciativas de comunicação para a realização de uma verdadeira festa popular na posse de Lula e no Festival do Futuro que serão realizados no próximo 1º de janeiro em Brasília. O povo mostrará ao mundo aquilo que Lula disse pela primeira vez nas Greves do ABC e repetiu quando da sua primeira posse como Presidente da República “que ninguém, nunca mais, ouse duvidar da capacidade de luta da classe trabalhadora”.

Brasília, 8 de dezembro de 2022.

Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores

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