Vereadores instalam comissão para medir impacto da privatização da Sabesp
Oposição quer incluir criação de empresa municipal de saneamento no debate da comissão
A Câmara de Vereadores de São Paulo instala nesta quinta-feira uma comissão especial para apurar o impacto da privatização da Sabesp, protocolada na semana passada pelo governo estadual na Assembleia Legislativa.
Presidido pelo vereador Sidney Cruz (Solidariedade), o colegiado terá a relatoria de Rubinho Nunes (União) e o líder do PL, Isac Félix, será o vice-presidente. Entre as atribuições do grupo está listar uma série de investimentos obrigatórios para a terceirização da companhia, como a despoluição das represas Billings e Guarapiranga, que ainda recebem esgoto sem tratamento.
Se a situação domina a cúpula do colegiado, por outro lado, a oposição prepara indicação de vereadores combativos à venda da Sabesp. O PT irá indicar Hélio Rodrigues, que protocolou um projeto para criação de uma empresa pública municipal, que substituiria a Sabesp na capital em caso de privatização.
A proposta é incentivada pelo presidente da Câmara, Milton Leite (União), aliado do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Leite dá sinais duplos sobre a privatização da Sabesp. Conversas de bastidores alegam que o vereador quer usar o projeto para retomar espaço no Palácio dos Bandeirantes — ele controlava a Secretaria de Logística e Transportes, mas foi escanteado no governo Tarcísio.
Confira a composição da Comissão
Presidente: Sidney Cruz (Solidariedade);
Vice-presidente: Isac Félix (PL);
Relator: Rubinho Nunes (União Brasil);
Sub-relator: Sansão Pereira (Republicanos);
Marlon Luz (MDB);
Luana Alves (PSOL);
Thammy Miranda (PL);
Hélio Rodrigues (PT) e;
Xexéu Tripoli (PSDB).