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Uberbras é nova obra do setor de factoides do governo Lula

Fabricar crises e criar inimigos imaginários para justificar falhas eram coisas que Jair Bolsonaro fazia no governo. Lula usa das mesmas armas

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 fev 2023, 11h40 - Publicado em 7 fev 2023, 11h30

Rever a reforma da Previdência, rever a reforma Trabalhista, acabar com o saqueaniversário do FGTS, moeda comum, financiamento de gasoduto na Argentina, colocar os Correios para prestar o serviço que hoje é feito pela Uber no Brasil…

Desde que assumiu o Planalto com um ministério de dimensões amazônicas, Lula e seus auxiliares dedicam-se a criar factoides para iludir a plateia enquanto as barganhas por cargos e verbas não terminam em Brasília.

Fabricar crises e criar inimigos para justificar falhas eram coisas que Jair Bolsonaro fazia no governo. Por uma dessas ironias, Lula usa das mesmas armas no Planalto. Bolsonaro colocava a culpa por sua incapacidade gerencial no STF. Lula escolheu o Banco Central. As prioridades de alguns ministros de Lula, até aqui, mostram que o brasileiro atormentado por problemas reais não está na ordem do dia.

Em parte, a culpa pela lentidão do novo governo é de Bolsonaro. Afinal, é difícil iniciar uma gestão diante do desmonte promovido pelo bolsonarismo em diferentes setores. Reconstruir estruturas, ritos legais e qualificar quadros que se foram leva tempo. Por outro lado, Lula saiu demitindo servidores e esvaziando ministérios sem ter encontrado substitutos qualificados. Se não há gente para carregar o piano, não há música. Sem música, o presidente não faz seu show — aí precisa recorrer aos factoides e inimigos imaginários.

A troca do Uber por um aplicativo gerido pelos Correios foi sugerida pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho. Trata-se de uma bravata de bar que não confere tratamento sério ao real problema de milhões de trabalhadores de aplicativo. Marinho, em poucos dias no cargo, já é dono da trilogia: fim do saque-aniversário fake, valorização do salário-mínimo fake e a irreal revisão da reforma trabalhista, um assunto do Congresso que está fora dos poderes dele.

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Com a Uberbras, ele mostra que o avanço do desemprego no país, um problema real, demorará para ser uma prioridade. “Os números de dezembro não me assustam em nada porque costumeiramente caem”, disse o ministro ao Valor.

Lula queria mexer no salário-mínimo, dando aumento real, e não conseguiu. Queria inaugurar casas populares e… também não conseguiu. O petista teve dois grandes assuntos que pesaram a favor do governo até aqui. A loucura golpistas de seguidores de Bolsonaro e a tragédia ianomâmi deram discursos legítimos ao governo para agir. O petista poderia focar nisso e em articular a nova base para aprovar a reforma tributária, esta sim uma prioridade.

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