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“Triunfo do Estado Policial”, diz Wajngarten após ser indiciado por joias

O advogado e assessor de imprensa do ex-presidente afirmou que apenas exerceu suas prerrogativas de defender um cliente

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 4 jul 2024, 18h51

Um dos 11 investigados por envolvimento no caso da venda de joias recebidas como presente pelo ex-presidente Jair Bolsonaro que também foram indiciados pela Polícia Federal nesta quinta-feira, o advogado Fabio Wajngarten classificou a decisão como “o triunfo do Estado Policial”, usado contra adversários políticos, em texto publicado há pouco no X (antigo Twitter).

Ex-chefe da Secom no governo Bolsonaro e atual assessor de imprensa do ex-presidente, o empresário e publicitário também atua na defesa dele e disse ter sido indiciado por ter exercido suas prerrogativas de defender um cliente e “pela razão bizarra de ter cumprido a Lei”. Afirmou ainda que não há qualquer prova contra ele.

Wajngarten também afirmou que que só tomou conhecimento da venda das joias pela imprensa e que, a partir desse momento, deu o conselho jurídico de devolver os presentes ao TCU, além de ter buscado informações com alguns auxiliares e ex-auxiliares de Bolsonaro, como seu assessor de imprensa.

Leia a seguir a manifestação na íntegra:

O meu indiciamento pela Polícia Federal se baseia na seguinte afronta legal: advogado, fui indiciado porque no exercício de minhas prerrogativas, defendi um cliente, sendo que em toda a investigação não há qualquer prova contra mim. Sendo específico: fui indiciado pela razão bizarra de ter cumprido a Lei!

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Explico.

Minha orientação advocatícia foi a de que os presentes recebidos pelo ex-presidente da República fossem imediatamente retornadas à posse do Tribunal de Contas da União, em defesa de qualquer dúvida sobre questionamentos em relação ao interesse público. E conselho jurídico não é crime. Minha sugestão foi acolhida e os presentes entregues imediatamente e integralmente recolhidos ao TCU.

Como está cabalmente comprovado, inclusive pela própria PF, só tomei conhecimento do fato após ser noticiado pela imprensa e agi com integridade profissional. Fui indiciado, como está provado, por cumprir a Lei!

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Continuarei com meu trabalho advocatício e recorrerei à OAB para garantir meu direito constitucional de trabalhar sem intimidações e sem sofrer lawfare de natureza política.

Também recorrerei a todas as instâncias da Justiça para conter o abuso de poder e essa atitude arbitrária de um integrante da PF, que não pode ser confundido com a corporação como um todo.

Portanto, a iniciativa da Polícia Federal de pedir meu indiciamento no caso dos presentes recebidos pelo ex-presidente é arbitrária, injusta e persecutória. É uma violência inominável e um atentado ao meu direito de trabalhar.

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Vazamentos anteriores da própria PF demonstraram cabalmente que eu jamais participei de qualquer negociação em torno da compra e venda dos presentes, que aliás só soube deles pela imprensa. Repito que apenas dei uma orientação jurídica para a devolução deles ao TCU, o que foi feito.

Como assessor de imprensa e advogado do ex-presidente da República busquei informações com alguns auxiliares e ex-auxiliares dele sem jamais – repito, sem jamais – participar de qualquer tipo de negociação.

Tentar me incriminar é absurdo e revela a fragilidade das acusações sistematicamente feitas pela Polícia Federal nos últimos 18 meses.

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A PF sabe que não fiz nada a respeito do que ela apura, mas mesmo assim quer me punir porque faço a defesa permanente e intransigente do ex-presidente Bolsonaro.

Se a intenção é a de me intimidar, não conseguirão.

Ver o triunfo do Estado Policial por aqueles que se disseram vítimas dele, usado contra adversários políticos, certamente é um capítulo tenebroso de nossa Democracia e será devidamente corrigido, ao tempo e a hora, por nossas instituições.

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