Tereza Cristina vê com ‘cautela’ sanções internacionais a fertilizantes
Ministra da Agricultura diz que produtores têm estoque até próxima safra, mas que há preocupações com negociação dos insumos
A ministra da Agricultura Tereza Cristina afirmou nesta quarta que o bloqueio da exportação de fertilizantes da Bielorússia e da Rússia ao Brasil devido à crise no leste europeu precisa ser visto com “cautela”. Hoje, 96% do potássio, um dos principais insumos para o agronegócio, vem da região.
De acordo com a ministra, as sanções econômicas já haviam sido previstas no ano passado, mas seus efeitos foram intensificados após o acirramento do conflito russo-ucraniano nas últimas semanas.
“Temos que ter posição de muita cautela. Desde que soubemos que a Bielorrússia sofreria sanções dos Estados Unidos e da União Europeia, começamos um périplo por alguns países. Estive na Rússia (…), depois no Irã falando sobre ureia e agora estou indo para o Canadá já numa viagem marcada (…) Agora, somado ao problema com a Rússia a gente tem maior preocupação, nós temos outros fornecedores, mas temos que ter cautela”, disse Tereza Cristina em entrevista à CNN.
A ministra afirmou que os produtores brasileiros ainda têm o chamado “estoque de passagem” até a próxima safra, ou seja, há quantidade suficiente de fertilizantes até outubro — no entanto, há uma preocupação com o restabelecimento das importações e com o possível aumento dos preços dos produtos.