STF define pena de Collor nesta quarta; prescrição dos crimes é risco
Ex-presidente pode escapar da punição, caso os ministros do Supremo decidam por uma pena inferior a 12 anos; nesse caso, os crimes estariam prescritos

Os ministros do STF passaram seis sessões julgando os crimes de Fernando Collor durante as gestões de Lula e Dilma Rousseff no Planalto. Na semana passada, o ex-presidente da República foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O placar da condenação foi de 8 a 2.
Como descobriu a Lava-Jato, o ex-presidente e então senador usava a influência no governo petista para faturar milhões em propinas numa subsidiária da Petrobras.
Nesta quarta, os ministros vão definir a pena de Collor, proposta pelo relator do caso, Edson Fachin, em mais de 33 anos de reclusão. Como os crimes foram praticados entre 2010, no primeiro governo Lula, e 2014 (quase toda a primeira gestão de Dilma), há risco de prescrição, se a pena de Collor for inferior a 12 anos.
Interlocutores da Corte não acreditam que a pena vá baixar tanto, a ponto de livrar Collor da punição, já que isso desmoralizaria o tribunal.