STF analisa denúncia da PGR contra Eduardo Braga por caixa 3
Senador foi denunciado por receber R$ 1,65 milhão da Odebrecht pelo diretório municipal de Manaus do MDB; defesa diz que ele presidia diretório estadual
A primeira turma do STF deve julgar, nesta terça, um caso de “caixa 3” envolvendo o senador Eduardo Braga (MDB-AM). A investigação tem deve ser arquivada, já que o próprio procurador-geral da República, Augusto Aras, pede a absolvição do cacique do MDB.
Em abril, Aras solicitou a rejeição da denúncia do MPF contra Braga por “ausência de justa causa”. A investigação, aberta após delação de executivos da Odebrecht, apurou o recebimento de doação irregular de campanha nas eleições para a prefeitura de Manaus, em 2012.
Segundo denúncia oferecida pela promotoria, a construtora teria se valido da empresa Praiamar para realizar doações em favor da campanha de Vanessa Grazziotin (ex-senadora pelo PCdoB e, à época, candidata à prefeitura) e em favor do diretório municipal do MDB, presidido por Braga.
Eles teriam recebido, respectivamente, 700.000 reais e 1,65 milhão de reais da Praiamar.
Em agosto do ano passado, Eduardo Braga apresentou à Corte um pedido de ‘correção’ do seu cargo dentro do MDB em 2012. A defesa do senador afirmou que, à época dos fatos, Braga era presidente do diretório estadual da legenda, e não do diretório municipal — alvo da investigação e da denúncia. Foi a partir desse pedido que Aras solicitou ao STF a rejeição da denúncia contra o senador.
Não é a primeira vez que os caminhos de Augusto Aras e Eduardo Braga se cruzam. O parlamentar foi o relator no Senado da recondução de Aras à PGR e apresentou parecer favorável para o segundo mandato de dois anos.