Servidores da Abin criticam “problemática” gestão de Ramagem
Sindicato de funcionários de carreira da agência rechaça gestão por ‘atores exógenos’, como o deputado bolsonarista
Depois da operação da PF contra uma espécie de “Abin paralela” bolsonarista, a União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin (Intelis) afirmou que, se confirmados os indícios investigados, a utilização da estrutura e de recursos da agência para a prática de desvios pela “problemática” gestão de Alexandre Ramagem reforça a importância de o órgão ser gerido “por seu próprio corpo funcional, e não por atores exógenos politicamente condicionados, como no governo anterior”.
Segundo a Intelis, os servidores de carreira da Abin são “os maiores interessados” na apuração de desvios e mau uso de ferramentas de inteligência “semelhantes às utilizadas nos sistemas de Inteligência de democracias consolidadas”.
“A Inteligência de Estado tem que ser preservada do debate político-partidário, e os profissionais de carreira precisam ser valorizados”, diz a Intelis em nota de sua diretoria.